terça-feira, outubro 28, 2008

Recordações da Escola...

Quando vinha com o meu filho e uma amiga, da escola, não pude deixar de sorrir, enquanto ouvia os reparos que faziam em relação aos "marrões" da turma, que segundo eles, tinham mesmo a mania que eram os "maiores", ao ponto de "meterem nojo" (a expressão é deles)...

Lá voltei às recordações de infância, aos meus tempos de escola e também a uma das últimas viagens de comboio que fiz na Linha do Oeste, na companhia de um antigo companheiro de escola do meu irmão.
Ele passou parte da viagem a contar histórias, algumas que sabia e outras que desconhecia, sem nunca esconder a admiração que sentia pelo Vitor...
Percebi mais uma vez a razão de ser tão protegido pelos amigos do meu irmão nos recreios da escola, que me levavam dois anos de avanço. Eles podiam ser muita coisa, mas não eram ingratos...
O meu irmão além de ser um dos melhores alunos da turma, era de uma generosidade pouco usual nos chamados "marrões" (nunca lhe devem ter chamado isso, até porque não era...), além de fazer o seu teste, ajudava sempre os companheiros que estavam dificuldade e que lhe lançavam "SOS's", de mil e uma maneira...
Felizmente ele não mudou muito, com o decorrer dos anos, continua a ser um caso sério de generosidade...
A fotografia é de Robert Doisneau, "E as Horas Nunca Mais Passam"...

18 comentários:

Maria disse...

Nós tínhamos um "esquema montado" que era o seguinte:
Os pontos (testes) que fazíamos no último tempo de um dia eram os mesmos que outras turmas faziam na primeira hora do dia seguinte. Assim, destacávamos um colega, normalmente um rapaz, que deveria ir à estação de combóio pelas sete da manhã do dia seguinte esperar quem vinha e dar-lhe o teste...
... velhos tempos, e quanto saudade...

Beijinho, Luís

Lúcia disse...

'Família, Gente especial' - nas tuas etiquetas, Luís
É isso tudo. Homenagem tua a um dos teus que eu acho comovente.
Parabéns pelo post.
Beijos grandes Luís

Maria P. disse...

Gente especial, a quem por vezes se dá o devido valor tarde demais, bonito este post, quantas memórias...

Beijos, Luís M.

tulipa disse...

Gostei especialmente da fotografia
"E as Horas Nunca Mais Passam"...

Há 6 meses em casa, longe do trabalho, o que sinto é que as horas "voam" porque dedico-me a fazer coisas que gosto!!!
Vou regressar ao trabalho na próxima semana e aí...vou-me lembrar e muito desta fotografia excelente, pois acredito que direi de mim para mim muitas vezes:
"E as Horas Nunca Mais Passam"...

Beijinhos.

Anónimo disse...

também sempre detestei marrões.
Porque será?

beijinho

gaivota disse...

naquele tempo... eram marrões e eram cábulas, mal ou bem íamo-nos safando e foi assim... eu até era boa (modéstia) pois só fiz exame de admissão ao liceu, a professora, a d. adozinda da velha escola da praça do peixe em caldas, disse logo que não era preciso fazer o outro, ao ensino dito comercial...foi em leiria, lembro-me como se fosse agora...
engraçado, acho que a idade tráz estas e outrs recordações!
beijinhos

rosilene fontes disse...

memórias, é tudo que eu tenho para contar, até mesmo na ficção, o futuro é memória...
gostei de suas memórias.
rosilene

Cristina Caetano disse...

rsrsrs... os tempos de escola têm muita história pra contar e elas se repetem, só mudam-se as gírias.. eu vejo pelas crianças da minha família.

Beijinhos

Lóri disse...

Tens toda razão, tb conheço alguns casos (assim) sérios de generosidade. E sabe bem. Deve saber ainda melhor quando são nossos irmãos. Qto aos miúdos, pagava para ouvir-lhes os comentários. Que sorte que tens de ainda ter pequeninos assim por perto.

Beijo, rapaz!

Luis Eme disse...

sim, velhos tempos, Maria...

Luis Eme disse...

a família é sempre gente especial, Lúcia...

Luis Eme disse...

às vezes acontece, M. Maria Maio...

Luis Eme disse...

é Doisneau, Tulipa...

Luis Eme disse...

fizeste-me sorrir, Joana...

Luis Eme disse...

a idade vai enchendo-nos de passado, Gaivota...

Luis Eme disse...

que bom, Rosilene.

Luis Eme disse...

claro, Cris...

Luis Eme disse...

pois é, Lóri...