segunda-feira, junho 24, 2013

A Feira de S. João


Uma Cidade governada por políticos incapazes de aproveitar as suas potencialidades, mais tarde ou mais cedo, acabará reduzida ao quase vazio.

A única possibilidade que terá de resistir a esse marasmo, é possuir uma população activa e inovadora, capaz de fazer muito com pouco, contrariando e contornando os obstáculos oficiais.

Mas, infelizmente os movimentos colectivos nunca foram o forte das Caldas da Rainha, que nunca foi aquilo se poderá chamar uma Cidade Associativista.

Na minha infância passada nas Caldas, num tempo sem grandes diversões, havia dois momentos altos durante o ano, as Feiras de S. João e a de 15 de Agosto, que enchiam a cidade de forasteiros.

Penso mesmo que o 15 de Agosto sempre foi o dia grande da Cidade, pelo menos em movimento de gentes e em riqueza económica local.

Com a constante mudança de lugares e a sua banalização como acontecimento social e cultural, a Feira de S. João acabou por ser "apagada" do calendário das festas. E a Feira de 15 de Agosto, lá vai resistindo, mas sem fulgor e sem a modernidade desejada, que a ajudasse a acompanhar os tempos...

Hoje, dia de S. João, olhei para a minha Cidade, cada vez mais triste, que precisa tanto de uma mudança...

Mudança que já deveria ter acontecido há pelo menos uma década.

Claro que a responsabilidade não pode ser exclusiva do quem está no poder. Quem tem estado na oposição, tem andado claramente a "dormir", pelo menos nos últimos vinte anos.

E quem tem sofrido é a nossa Cidade, que já foi das mais importantes do país...

7 comentários:

Maria disse...

Tens razão, Luís.
Mudou o estilo de vida em Caldas. As pessoas fazem compras (legumes e fruta) maioritariamente nas grandes superfícies. Às vezes penso que os resistentes que ainda vão à Praça o fazem por hábito, que não largam. De resto são turistas...
Esta cidade passa quase despercebida. E é uma pena.

Beijinho.

Anónimo disse...

Caro Luis

O tempo fáz mudar as gentes...e o que hoje é moda, amanhã é curriqueiro.... e vice versa....apenas temos de evoluir e nesta cidade não há evolução, a evolução existente é comparada à farda nova que a banda da aldeia vai estrear na festa..Pensamos em pequeno. A degradação numa sociedade começa no comodismo..a culpa é de todos, tanto dos poderosos da terra como dos fracos que apesar de serem muitos não se juntam para serem maiores...Esta cidade está morta...o Presidente da Camara vai deixar a sucessão ao próximo rei...afinal as monarquis existem..deixa a cidade pobre, desventrada, descaraterizada, porca, e exemplos de dinheiro comum mal gasto....a sociedade caldense é formada por muitos grupinhos elitistas..tudo serve para debates que não levam a nada..tudo serve para cantar em poleiros....o espelho do país....
um abraço
Vitor Piers

Luis Eme disse...

pena mesmo, Maria.

Luis Eme disse...

é verdade, tem-se pensado pequeno mesmo, Vitor.

e há um elitismo apenas de aparências, o que explica a manutenção no poder desta gente tanto tempo.

Mina disse...

Luís
Caldas acordou, e um movimento indepente, capaz de motivar e fazer história na cidade.
Assim os caldenses acordem, e aproveitem a oportunidade de mudança.
Movimento viver o concelho. Pela cidadania e pelos cidadãos , estão agir.
beijinhos

Luis Eme disse...

espero que acordem e apostem na mudança, Mina.

Mina disse...

Luís
Infelizmente a independência, custa caro, somos um grupo de cidadãos, empenhados na mudança, numa luta desigual , com dobro do esforço, temos esperança em bons resultados, conheço as Caldas á mais de 30 anos e nunca a vi, tão descaracterizada, sem história, sem futuro.
Obrigado, também pelo seu contributo, já há muita gente com a mesma visão, temos uma mulher de coragem protagonizou este movimento, e teremos Caldas de novo Rainha :)
Partilhei este seu post, espero que não leve a mal. Quando voltar ás Caldas, venha nos conhecer, não a mim especificamente, que apoio convictamente esta nova aurora de esperança, para a cidade em que escolhi viver.
Um abraço,