terça-feira, dezembro 31, 2013

A Lagoa de Óbidos sem Mar


Há pouco falei com o meu irmão ao telefone e ele contou-me de uma forma quase fotográfica o panorama actual da Lagoa de Óbidos, com a ligação para o Oceano fechada, naturalmente, depois de anos e anos de erros humanos...

Com o aumento das chuvas e dos caudais dos rios, as águas da Lagoa estão acima do nível do mar.

A coisa pode tornar-se preocupante, se os tipos que fingem que "mandam chover" continuarem de mãos nos bolsos, à espera que a natureza resolva o problema...

Esta fotografia já tem uns anitos mas é das que mais gosto, da minha autoria, da Foz do Arelho.

Desejo a todos aqueles que viajam pelo Oeste e pelo Mundo, um ano em que sintamos que as coisas estão a mudar, para melhor, embora seja difícil com gente tão incompetente ao leme da "barca"...

terça-feira, dezembro 24, 2013

Falavam-me de Amor


Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.


                                   Natália Correia

O óleo é de Patricia Rorie.

segunda-feira, dezembro 09, 2013

Voltar à Infância


Quando comecei estas "Viagens pelo Oeste", andei muito pela infância, pelas minhas boas memórias, vividas sobretudo entre as Caldas, Salir de Matos e Foz do Arelho.

Não foi por acaso que este "triângulo amoroso" foi mais explorado, pelo menos pelas viagens dentro das minhas memórias. Posso dizer com toda a segurança, que fui feliz nestes lugares. Lugares onde gosto sempre de voltar.

Neste momento as "Viagens" são o meu "blogue" mais longínquo, o que dispenso menos palavras.

Embora não pense fechá-lo, tenho consciência que será difícil ser mais regular. 

Provavelmente precisava de "esvaziar" um pouco a cabeça, de dar mais espaço ao outro tempo, por onde andam as memórias...

O óleo é de Óscar Bluemner.