quinta-feira, dezembro 24, 2020

O Presépio "Fixo" de Salir de Matos...


Presépio que fica junto à Igreja e ao Largo Padre Felicidade Alves...

quinta-feira, novembro 26, 2020

Ficar por ali, Parado, a ver o Jardim mais Bonito de Salir de Matos...


Na minha visita a Salir de Matos dei um passeio pelo exterior do agora Centro Paroquial, para tirar uma dúvida. Queria saber se ainda era possível identificar o local exacto onde ficava o jardim do avô e a casa da avó (não deixa de ser engraçado, o jardim sempre foi do avô e a "casa" da avó...).

Fiquei feliz por ainda existirem as duas portas que ficavam em frente às escadas que nos transportavam para o jardim, que o avô cuidava com muito amor (nos intervalos da sua vida de agricultor era jardineiro...).

Sim era mesmo ali...

Depois parei no tempo e recordei os domingos de manhã em que andava por ali, a ver as pessoas de outras aldeias a passarem, a caminho da missa. Quase todas elogiavam o jardim do avô, invejando uma ou outra flor, provavelmente mais difícil de encontrar e a gerar alguma "cobiça"...

(Fotografia de Luís Eme - Salir de Matos)


quarta-feira, novembro 25, 2020

Viagem pela Memória na Ambrósia


Fez-me confusão passar por aquela que era a maior fazenda do meu avô, e vê-la transformada num autêntico matagal.

Senti alguma curiosidade em ver se descobria os poços de areia, que depois de esvaziados pela rega do avô durante o Verão, voltavam a ficar cheios em poucas horas... Mas foi uma tarefa impossível com tamanho silvado a toda a volta da "baixa" da Ambrósia, onde o avô semeava tomates, pepinos, pimentos, feijão verde, melões e melancias...

Mesmo assim consegui recuar no tempo e ver-me com o meu irmão a brincarmos pelos regos labirinticos, que o avô ia enchendo de água, água que circulava como se fossem pequenos rios... Entusiasmados com as nossas brincadeiras, lá pisávamos, uma ou outra vez o que não devíamos e ouvíamos a reprimenda do avô...

(Fotografia de Luís Eme - Salir de Matos)


sexta-feira, outubro 23, 2020

Um Verdadeiro Campeão


João Almeida perdeu a camisola rosa na "etapa rainha" do Giro (Volta a Itália), mas continua o mesmo campeão, que conseguiu um feito único do ciclismo português a nível internacional.

Sem pretender fazer qualquer comparação, nem Joaquim Agostinho andou tantos dias com o "peso" da camisola número um, em qualquer competição europeia ou mundial.

Parabéns João! As portas do mundo estão escancaradas para ti.

(Imagem retirada no diário desportivo "A Bola")


terça-feira, outubro 13, 2020

Um Jovem Especial Dentro de uma Capa Especial


 "A Bola" faz a homenagem a João Almeida (e Ruben Guerreiro), que lidera há sete dias a Volta a Itália, colocando-o na capa do diário desportivo, que costuma ser uma exclusividades dos "futebóis".

Trata-se de um jovem de 22 anos natural de A-dos-Francos, freguesia do Concelho das Caldas, que conseguiu sair do anonimato, graças às suas qualidades com atleta, até aqui desconhecidas pela maioria das pessoas, e a alguns milhares de quilómetros do nosso país.

A nossa homenagem e aplauso ao João.


sábado, setembro 12, 2020

Os Passeios de Barco no Parque


Enquanto passeava pelo parque, gostei de ver vários barcos de remos à circularem à volta do lago.

Sorri ao recordar velhas "batalhas navais" partilhadas com amigos, com direito a banho, na adolescência...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)

sábado, agosto 08, 2020

Mais Memórias de Salir de Matos...

Houve muita coisa que ficou, do bom tempo que passámos na casa dos avós, nas  em Salir de Matos, especialmente nas férias grandes.

E não falo da presença, desde sempre, dos animais (uma autêntica "quinta pedagógica"..). Além dos dois bois, da burra, que eram animais de trabalho, havia os outros que faziam parte do que se poderá chamar, ciclo alimentar: as galinhas, os porcos, o perú - para o ano novo -, e por vezes também cabritos e patos. Animais mais exóticos, a única coisa que me lembro era de porquinhos da Índia, que também andavam à solta e quase não se deixavam ver...

Se o avô nos contava histórias, que tanto nos podiam encantar como assustar, a avó tenho um sentido muito mais prático da vida. Por exemplo, em relação ao pão, gostava de nos oferecer a imagem de algo sagrado, como parte do corpo de Cristo, e que o devíamos beijar quando caía no chão, dando o exemplo de que havia muita gente no mundo que queria um bocadinho de pão e não o tinha...

Se a parte sagrada se perdeu no tempo, a factual mantém-se. Hoje, tal como ontem, continua a haver muita fome no mundo, muita gente a querer um bocado de pão, mesmo duro, e a não o ter. E foi essa parte que nunca esqueci...

Lembrei-me disso porque fiz ao pequeno-almoço, algo que não fazia há anos: "sopas de café com leite" (pão partido em bocados, embebido no leite e no café). E sempre que deito fora pão duro, penso nos animais da "quinta pedagógica" dos avós, que faziam com que nenhum resto de comida fosse deitado fora... E claro, nas muitas pessoas que querem um bocado de pão e não o têm.

Nota: texto publicado inicialmente no "Largo da Memória", com outro título...

(Fotografia de Luís Eme - Salir de Matos)

segunda-feira, junho 15, 2020

A Televisão dos Telefonemas e dos Prémios nas Caldas



Ontem à tarde quando andava a saltar de canal em canal, descobri que um daqueles programas da tarde que visitam todos os fins de semana localidades portuguesas, tinha montado palco nas Caldas.

Além de passarem o tempo todo a "empurrar" as pessoas para que fizessem chamadas de valor acrescentado, acenando com milhares de euros e carros, achei de um grande mau gosto terem instalado um vendedor de facas no interior de um dos museus do Centro de Artes.

É esta a "ajuda" que dão à cultura...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)

sábado, junho 06, 2020

Uma Memória e as Ruas Silenciosas...


As ruas estão muito mais silenciosas, quando se ouve uma voz humana, chama-nos logo a atenção.

Foi o que aconteceu há pouco, com duas vizinhas que aproveitaram para colocar as "novidades" em dia, sem se aperceberem que as suas vozes entravam nas nossas janelas, como se quisessem falar connosco.

Sorri e recordei o meu pai, que sempre foi avesso à chamada "quadrilhice" ou "coscuvilhice", que ainda continua a fazer mais parte do universo feminino que do masculino. Se havia pessoa que ele não achava muita piada no nosso bairro era à leiteira (uma senhora que passava todos os dias pelas ruas do nosso bairro, com o seu carro metálico com rodas de bicicleta, que deveria ter um sistema qualquer de refrigeração  - nem que fosse uma pedra enorme de gelo - e vendia leite do dia em pacote, ao mesmo tempo que também oferecia "notícias fresquinhas" a quem lhe dava dois dedos de conversa...).

"Lá vem o jornal do bairro", dizia ele, por graça. 

E ela era mesmo boa, sabia tudo sobre a vida dos outros. Podia inventar algumas coisas, mas era uma autêntica investigadora, especialista em mexericos. Podia assinar muita da prosa das revistas (que são mais da cor de burro quando foge, que rosa...) ou ter uma página de facebook muito visitada e comentada...

Nota: Texto publicado inicialmente no "Largo da Memória".

(Fotografia de Luís Eme - o "Segredo" de Lagoa Henriques, Lisboa)

sexta-feira, maio 15, 2020

Um 15 de Maio Diferente...


Nestes dias estranhos que vivemos, os cem quilómetros que me distam das Caldas da Rainha parecem mais de mil...

Mesmo sem saber pormenores, o Dia da Cidade teve de ser forçosamente diferente.

Quem não faltou à festa foi a "dona chuva", que está a fazer desde Maio o prolongamento do Abril das águas mil.

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)

terça-feira, maio 12, 2020

A "Rua 26" e as Chuvas de Maio...


Quando chove, custa menos ficar em casa.

Já lá vai o tempo que nos divertíamos a pisar poças de água (até a minha já está suficientemente crescida, para não me obrigar a esconder o sorriso... quando não resistia à tentação de passar por dentro de um "pequeno lago" de água).

Embora eu na minha meninice, além de meter o "pé na poça", também adorasse ficar na janela da sala da velha casa da "rua 26" (pois é, as ruas do bairro da minha infância eram numeradas, queriam lá saber de pessoas...), a a ver a chuva a cair e as pessoas a passarem, a fazerem uma ginástica enorme para fugir das poças de lama, num tempo em que o alcatrão ainda não chegara ao bairro, nos finais dos anos sessenta do século passado...

Ainda continuo a gostar de olhar para a janela, embora na minha rua (quase escondida), passem muito menos pessoas que na "rua do meio" (sim, além dos carteiros, ninguém lhe chamava "rua 26"...).

Nota: Escrevi este texto no meu "Casario", quando estava à janela da minha casa a ver a chuva a cair... Depois lembrei-me que esta era uma "memória" (provavelmente repetitiva...) da minha infância, vivida no Bairro dos Arneiros, e que fazia mais sentido ser publicada nas quase esquecidas "Viagens pelo Oeste"....

(Óleo de Denis Ichitovkin)

quarta-feira, fevereiro 26, 2020

O "Templo" da SECLA

Gostei de ver o que sobrou da fachada da SECLA, a velha e histórica fábrica de cerâmica das Caldas da Rainha, durante anos inovadora no campo da criatividade, graças à colaboração de alguns jovens que se viriam a revelar como grandes artistas plásticos.

Parece quase um "templo"...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)

domingo, janeiro 26, 2020

"Qualquer Coisa"...


Já devia ter colocado por aqui "qualquer coisa", porque as festas já fugiram, e daqui a pouco, quase sem darmos por isso,  estamos num ano "quase velho"...

A escolha da imagem (do Museu António Duarte), tem muito a ver com os "contorcionismos" que a vida nos obriga a fazer...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)