sábado, novembro 30, 2013

A 107 e o Dia do Livreiro


Hoje comemora-se o "Dia da Livraria e do Livreiro" em todo o país.

Não posso deixar escapar esta oportunidade, sem falar da "Livraria  107", das Caldas da Rainha.

Embora não fosse um frequente assíduo, até por não morar na Cidade (era lá que costumava adquirir os livros sobre as Caldas...), continuo a pensar que o seu fecho foi uma perda terrível para a Cultura local.

Uma das coisas que quase desapareceu foram os "Cafés Literários", organizados pela Isabel, que trouxeram tantos escritores importantes ao burgo caldense.

É costume dizer-se que o paradigma comercial mudou. Pois mudou. Mudou de tal forma que quase tem morto as Terras portuguesas, de Norte a Sul.

sábado, novembro 23, 2013

O Futuro da Praça da Fruta


A "Gazeta" chega-me a casa ás sextas e trás notícias da Cidade, quase escondida.

Noto que andam vários projectos no ar, sobre o futuro da Praça da Fruta, quase semana sim semana não.

O futuro, aquela coisa que não existe...

Entretanto o presente vai sendo abafado. E quando o futuro chegar, talvez já não existam vendedores para a famosa praça, desenhada e projectada por arquitectos cheios de ideias.

O óleo é de  Álvaro Reja.

domingo, novembro 10, 2013

Álvaro Cunhal e a Fuga de Peniche


Álvaro Cunhal é uma figura que ficará ligado ao Oeste para sempre, graças à fuga espectacular da Fortaleza de Peniche, que protagonizou com mais alguns camaradas, no princípio de Janeiro de 1960.

Fortaleza que albergou maioritariamente presos políticos durante a ditadura e onde o meu avô paterno esteve alguns meses na segunda metade dos anos cinquenta e teve a oportunidade de conhecer o homem e o "mito" (o facto de não ter contacto com outros presos, só serviu para aumentar o "mito", ainda por cima, por estar naquela situação sem ter assassinado ninguém ou cometido qualquer furto milionário. O seu único crime conhecido era o de lutar pela liberdade, contra a ditadura salazarista...).

Álvaro Cunhal faz hoje cem anos, e é, sem qualquer dúvida, uma das principais figuras da história da resistência do nosso país no século XX.

Mas Álvaro foi muito mais que um político. Grande apaixonado pela Cultura, abraçou as artes plásticas e a literatura, com reconhecidos méritos (a pintura e a escrita foram a sua grande companhia e escape no cárcere, em Lisboa e Peniche...), especialmente nos anos de prisão, em que esteve quase sempre incontactável e confinado à sua pequena cela.