terça-feira, janeiro 26, 2016

Lembrança dos Caminhos do Vale da Moira


O meu avô materno era um exemplo de trabalho. Tudo o que deixou aos filhos (várias fazendas e vinhas...), foi conquistado com muito suor (e o da sua companheira, a avó Henriqueta e claro de todos os filhos, cinco, numa altura que fazer filhos também representava ajuda no lar..), rigor e uma seriedade que já não há...

Ontem, sem uma explicação plausível, lembrei-me dos difíceis acessos (muito difíceis mesmo...) até ao Vale da Moira, uma das suas vinhas, que  ficava quase lá bem para trás do sol posto.

Depois de chegarmos a uma aldeia vizinha de Salir de Matos (Trabalhias), ainda tínhamos de subir "uma montanha" (entretanto deve ter ficado mais pequena, estou a ver estas coisas com o meu olhar de criança...), pois ela ficava praticamente na cota mais alta daquele lugar.

Ainda me lembro da luta que o avô travava com as vacas que puxavam o "carro de bois", que ficavam com o lombo em sangue, com as picadelas que ele lhes dava com a vara.

E o regresso não era menos espectacular, com o carro completamente travado nas zonas mais vertiginosas, para chegar inteiro ao vale, que, ironia das ironias, costumava ficar transformado em pantanal com as primeiras chuvas.

Não foi por acaso que esta vinha logo que foram feitas as partilhas ficou condenada ao abandono...

(Óleo de Balthus)

domingo, janeiro 24, 2016

Caldas SC: Alguma Dor sem Doença (28)


Era bonito que o Caldas SC no ano do seu Centenário conseguisse subir à Segunda Liga.  Mas era apenas isso, bonito.

Mas ontem o Benfica de Castelo Branco acabou com as ilusões.

Quando se utilizam aves nas conversas, é comum dizer-se que o Caldas teve "o pássaro na mão" na semana passada e deixou-o fugir, no Campo da Mata.

Não sei, não vi o jogo. Apenas li a crónica de Joel Ribeiro na "Gazeta". Ao ler fiquei com a sensação que o Caldas podia ter ganho. Mas é sempre assim, só que as únicas bolas que contam são as que entram dentro da baliza. Os tais golos que são a felicidade dos radialistas e dos espectadores.

E depois é sempre mau quando ficamos a depender de terceiros (como "reza" o título da crónica)...

Mas se colocar os pés no chão, sei que mesmo que o Caldas fosse disputar a fase de apuramento da subida, não teria muitas possibilidades de alcançar a segunda divisão profissional, porque há várias equipas teoricamente superiores. Tal como aconteceu na época passada.

sábado, janeiro 09, 2016

Caldas SC: Os Cromos da Bola de 1957/58 (27)


Mais uma das equipas das cadernetas de "cromos da bola", esta da época de 1957/58.

Os jogadores são: Vitor, Amaro, Saraiva, António Pedro, Anacleto, Orlando, Dantas, Mateus, João, Rogério e Romeu.

quarta-feira, janeiro 06, 2016

Caldas SC: Os Cromos da Bola de 1956/57 (26)


Apesar de raras, ainda é possível encontrar por aí cadernetas com os jogadores do Caldas que fizeram parte do período de ouro da equipa alvinegra.

Esta página está ilustrada com os seguintes jogadores: Rita, Amaro, Fragateiro, Abel, Romero, Lenine, Romeu, António Pedro, Orlando, Garofalo e Sarrazola, e é da época de 1956/57.