domingo, dezembro 20, 2015

Caldas SC: Uma Reportagem da Imprensa Desportiva na Primeira Divisão (25)


Já não sei como é que este recorte do desaparecido "Mundo Desportivo" de 9 de Janeiro de 1956 me veio parar às mãos.

A reportagem revela o "derby" que já tinha merecido a minha atenção e que acabou empatado, no Campo da Mata: Caldas - Torriense.

Vou transcrever o seu começo: «As primeiras palavras têm de ser de elogio aos jogadores do Caldas. Quando o ambiente se tornou escaldante, eles foram, a bem dizer, os únicos que se conservaram calmos, procurando jogar, e não se deixando influenciar pelos incentivos contraproducentes que de todos os lados choviam sobre o terreno de jogo.»

As palavras do jornalista Manuel Mota referem-se ao facto de o Caldas se ver a perder por dois a zero e conseguir alcançar o empate, embora merecesse bem mais que isso...

O Caldas alinhou com: Rita; Piteira, Leandro e Fragateiro; Amaro e Romero; Romeu, Orlando, Bispo, António Pedro e Lenine.

domingo, dezembro 13, 2015

Caldas SC: Quintela o Jogador da Minha Rua do Meio (24)


O primeiro jogador do Caldas que me habituei a ver diariamente, morava quase no fim da Rua do Meio do bairro da minha meninice (Bairro dos Arneiros). Umas vezes olhava-o da minha janela, outras no largo que ficava quase em frente à minha porta.

Era um homem grande e careca (precocemente...), que se vestia bem e passava pela nossa rua sem nos dar grande atenção.

Mais tarde soube que se chamava Quintela e que normalmente era suplente do Caldas. Mas também me disseram que era polivalente, tanto jogava no meio campo como no sector defensivo.

Mas nunca esqueci a sua pose altiva. 

Havia ainda outra parte cómica, comentada pela miudagem. Ele tinha um Mini mas era tão grande que quase que ocupava o carro todo. Achávamos que devia ter um Mercedes...

Nesta fotografia de uma equipa dos anos 1960, é facilmente reconhecido, o terceiro em cima, a contar da esquerda.

domingo, dezembro 06, 2015

Caldas SC: Vasco Oliveira, o Atleta, o Treinador e o Dirigente (23)


Vasco Oliveira é uma das figuras que ficará para sempre ligado à história do Caldas Sport Clube,  pelo seu honroso passado desportivo, como atleta - jogou até aos 38 anos e foi o capitão de equipa durante anos -, treinador e dirigente do Clube.

Ele deixou-nos no passado dia 25 de Novembro e merece ser recordado (não como político local, pelo menos aqui, onde permaneceu tempo demais como autarca, 28 anos, mas o poder como sabemos tem dessas coisas...), porque deve ser um dos raros caldenses que foi jogador e treinador da equipa principal e também seu presidente de Direcção (nos últimos sessenta anos será caso único...). Actualmente era o presidente da Mesa da Assembleia Geral do Caldas.

Não me lembro dele como jogador, apesar da sua longevidade, apenas como comerciante de electrodomésticos e figura prestigiada e simpática nos meios desportivos caldenses. Deverá ter sido pela sua popularidade que foi desafiado a tornar-se autarca...

Tenho pena que a "Gazeta" no último número apenas tenha focado o seu papel como político, esquecendo o desportista de excelência que foi.

Outra faceta não menos importante do seu passado desportivo foi a de columbófilo (daí a escolha desta fotografia, do "Jornal das Caldas"). Além de grande entusiasta da modalidade foi dirigente da Sociedade Columbófila Caldense e também da Associação Regional e Federação Nacional.

Vasco Oliveira explicou muito bem este "hobbie" no "Jornal de Leiria", que transcrevemos: «Quando tinha 12 anos fui visitar os meus tios a Porto de Mós. Deram-me um casal de borrachos, que trouxe para as Caldas dentro de uma caixa de sapatos. A paixão ficou. É o meu hobbie e um dos meus amores.»

quinta-feira, dezembro 03, 2015

Caldas SC: Os Grandes "Derbys" do Oeste (22)


Penso que o primeiro grande rival do Caldas no Oeste, foi o Torriense, até por o Clube de Torres Vedras ter sido contemporâneo da equipa caldense na Primeira Divisão.

Durante anos e anos, este "derby" enchia o Campo da Mata, sempre com o resultado incerto, tal como acontecia num Benfica-Sporting, na Capital.

Na minha adolescência esta rivalidade mantinha-se, mas não era a mais forte. Estou comvicto que nos anos setenta e oitenta o grande rival do Caldas foi o Peniche. Grandes "batalhas" foram travadas entre estas duas bandeiras de uma região, muitas vezes de forma exagerada.

Houve outras rivalidades (G. Alcobaça, Nazarenos, Bombarralense), mas nenhuma tão intensa como estas duas.

Foi por isso que gostei de ver o Peniche a intrometer-se nos primeiros lugares juntamente com o Caldas, na série F do Campeonato Nacional de Seniores.

Desde que estas rivalidades não sejam exacerbadas até ao exagero, podem contribuir para o crescimento dos clubes, que vivem sobretudo da paixão dos seus associados e simpatizantes.