domingo, abril 25, 2010

Abril


Abril não foi um sonho,
foi mesmo uma Revolução.

Foi um dia demasiado belo
e é muito mais que uma canção.

No entanto são os poetas e os trovadores da revolução quem melhor sintetiza o que se passou antes e depois...

Quando Zeca Afonso cantou (Vampiros), disse-nos quase tudo:

[...]
Se alguém se engana
com seu ar sisudo
e lhes franqueia
as portas à chegada
eles comem tudo
e não deixam nada
[...]

E nós enganámo-nos mesmo, franqueámos as portas à mesma gente, que no Estado Novo, enriquecia e deixava o povo à míngua e o Estado pobre, as célebres famílias que dominam hoje a banca, a pouca indústria e comércio que temos. Foram eles com a complacência e a "corrupção" ética e moral de uma parte significativa dos ministros e secretários de estado, que nos governaram desde a década de oitenta até aos nossos dias (dou o benefício da dúvida aos que governaram na década de setenta, por todas as convulsões e dúvidas que ainda existiam...).
Com outros empresários e outros políticos, Portugal seria um país muito diferente, para melhor, não tenho qualquer dúvida...
E é uma pena constatarmos que Abril não se cumpriu integralmente. Sobra a LIberdade, que também já não é o que era...

domingo, abril 18, 2010

A Conversa era Outra...

Não sabia o que colocar nas "Viagens" e fui à pasta das minhas fotos e escolhi aquela. Depois acrescentei-lhe palavras...

Falava mais da paisagem que do comboio, que anda à vinte anos (pelo menos...) a ser maltratado, a ser quase obrigado a não servir e transportar ninguém, a não ser que seja um qualquer habitante de um apeadeiro longinquo, sem carro, onde ainda passa o comboio uma ou duas vezes por dia...
Falava que a entrada e saída pela Linha do Oeste era feia, triste, abandonada, tal como os composições e as máquinas com aquele som característico que aprendemos na primária: «pouca terra, pouca terra, pouca terra...»

Em relação ao resto, têm toda a razão...
Em nome das portagens, do negócio da gasolina e dos automóveis, destruiu-se no nosso país, em poucos anos, o melhor transporte do mundo...

sábado, abril 17, 2010

Chegar ou Partir pela Linha do Oeste

Embora não se note, esta é uma das entradas, ou saídas, das Caldas da Rainha. Depende apenas do nosso destino, se vamos para Norte ou se vamos para Sul...
Além das viagens incontáveis que fiz de comboio, também percorri bastantes vezes esta linha a pé, num dos muitos exemplos das aventuras inconscientes, próprias da juventude, que todos praticamos.
Sei que não é das melhores entradas da cidade, porque a paisagem que encontramos em ambas as bermas, está longe de ser bonita. É uma parte que não cresceu nem foi aproveitada para se fazer um "lava olhos".
Como podem ver pela imagem, está um pouco abandonada, como destaque para os antigos celeiros da Ceres, que são olhados, quase como os arranha-céus (para não lhe chamar outro nome...) das Caldas.

sábado, abril 10, 2010

A Necessidade Aguça o Engenho

O dito "A Necessidade Aguça o Engenho" faz parte da sabedoria popular e também da natureza humana, felizmente.

Sei que há várias maneiras de se reagir à adversidade. Talvez que a mais comum seja mesmo baixar os braços. Talvez.
É por isso que é bom valorizar e aplaudir as pessoas que passam a vida a "remar contra a maré", mesmo quando as forças começam a faltar.
Tudo isto para dizer que gosto da forma como os comerciantes caldenses têm procurado contornado a crise, vindo para a rua, chamar os clientes.
Gostava que em Almada também fosse assim, mas parece que ainda falta alguma cultura do comércio aos lojistas da Margem Sul...

A imagem foi retirada das Águas Mornas do Zé Ventura.

sexta-feira, abril 02, 2010

É Verdade...

É verdade.

Estou em falta com o Oeste, estou a viajar muito pouco pelas minhas bandas, é que isto de "alimentar" três blogues tem que se lhe diga...
É a única desculpa que me ocorre, embora também esteja em falta com a minha cidade natal, pois nunca estive tanto tempo sem aparecer por lá...

São fases pelas quais passamos.
Talvez precise de remodelar a "casa", talvez precise de entrar por outros lugares, mas parar, não, não está nos meus horizontes. As "Viagens" ainda estão longe de estarem a prazo...

(resposta a uma pergunta de um leitor atento, devidamente identificado, via telemóvel...)