segunda-feira, junho 13, 2011

Barco que Partes



Navio que partes para longe,
Por que é que, ao contrário dos outros,
Não fico, depois de desapareceres, com saudades de ti?
Porque quando te não vejo, deixaste de existir.
E se se tem saudades do que não existe,
Sinto-a em relação a cousa nenhuma;
Não é do navio, é de nós, que sentimos saudade.

Alberto Caeiro


O óleo é de Luiza Caetano

2 comentários:

Vera disse...

Gostei do quadro, do poema e do blogue, todo ele muito Alberto Caeiro, muito livre e solto.

Parabéns Gato.

Luis Eme disse...

olá Vera (Gato?).