domingo, dezembro 06, 2015

Caldas SC: Vasco Oliveira, o Atleta, o Treinador e o Dirigente (23)


Vasco Oliveira é uma das figuras que ficará para sempre ligado à história do Caldas Sport Clube,  pelo seu honroso passado desportivo, como atleta - jogou até aos 38 anos e foi o capitão de equipa durante anos -, treinador e dirigente do Clube.

Ele deixou-nos no passado dia 25 de Novembro e merece ser recordado (não como político local, pelo menos aqui, onde permaneceu tempo demais como autarca, 28 anos, mas o poder como sabemos tem dessas coisas...), porque deve ser um dos raros caldenses que foi jogador e treinador da equipa principal e também seu presidente de Direcção (nos últimos sessenta anos será caso único...). Actualmente era o presidente da Mesa da Assembleia Geral do Caldas.

Não me lembro dele como jogador, apesar da sua longevidade, apenas como comerciante de electrodomésticos e figura prestigiada e simpática nos meios desportivos caldenses. Deverá ter sido pela sua popularidade que foi desafiado a tornar-se autarca...

Tenho pena que a "Gazeta" no último número apenas tenha focado o seu papel como político, esquecendo o desportista de excelência que foi.

Outra faceta não menos importante do seu passado desportivo foi a de columbófilo (daí a escolha desta fotografia, do "Jornal das Caldas"). Além de grande entusiasta da modalidade foi dirigente da Sociedade Columbófila Caldense e também da Associação Regional e Federação Nacional.

Vasco Oliveira explicou muito bem este "hobbie" no "Jornal de Leiria", que transcrevemos: «Quando tinha 12 anos fui visitar os meus tios a Porto de Mós. Deram-me um casal de borrachos, que trouxe para as Caldas dentro de uma caixa de sapatos. A paixão ficou. É o meu hobbie e um dos meus amores.»

1 comentário:

MaximinoMartins disse...

Recordo-me de assistir a vários jogose treinos do Vasco Oliveira no seu tempo no Caldas...

E fui mais tarde encontrá-lo a bordo do Paquete "Infante D.Henrique" onde era electricista...
Na viagem (1965) até Lourenço Marques, algumas vezes conversei com ele (e como "era bom" falar com alguém da nossa região, sou de Óbidos e as conversas com o Vasco "faziam-me voltar" aos nossos ares... ), chegando mesmo a descer aos "fundos" do Paquete, até ao local das instalações onde dormiam os tripulantes...
Várias vezes nos anos seguintes, já depois de voltar da "guerra" e até quase à sua "passagem para outra vida", quando nos encontrávamos, falávamos algumas vezes dessa viagem e de um episódio acontecido à entrada do porto de Cape Town, onde por uma manobra errada do piloto do porto, o Paquete balançou violentamente (à hora do almoço), fazendo entre outras situações complicadas, que alguns dos tripulantes na cozinha, se tivesse queimado...
Só soube da sua morte já depois do funeral e tive pena, pois de outro modo teria estado presente, para "me despedir" do amigo Vasco...
Paz à sua alma...