domingo, junho 03, 2007

Um Anjo de Farda


Antes de entrar para a escola primária frequentei uma espécie de "jardim-escola", conhecido nas Caldas da Rainha pela Escola da "Velha da Estação", graças à sua situação geográfica, já que ficava na esquina norte, junto ao largo da Estação de Caminhos de Ferro.
Fazia a viagem entre o Bairro dos Arneiros e este estabelecimento escolar, na companhia do meu irmão, dois anos mais velho, e meu grande protector pelos anos fora. A grande recomendação da mãe em termos de segurança, era a passagem de nível, embora a senhora que abria as cancelas, nossa conhecida, não nos deixasse atravessar quando se aproximava algum comboio.
Depois de descermos a rampa da estação, encontrávamos sempre vários militares, que aguardavam a passagem da carrinha que os levava para o Regimento de Infantaria 5. Neste grupo havia um homem especial, que sempre que nos via, se metia connosco e dava-me um escudo (talvez por ser o mais pequeno...). Escudo esse que gastávamos religiosamente na Cantina da Estação, na compra de um número das pequenas colecções de aventuras em banda desenhada, com os títulos "Ciclone" e "Condor Popular".

Lembro-me muitas vezes da generosidade deste senhor, que nunca soube o nome nem qualquer outro dado pessoal. Estávamos no final da década de sessenta...


10 comentários:

Maria P. disse...

Memórias. Agora provocaste-me algumas...

Maria disse...

Mais memórias da minha adolescência.
Também houve, durante algum tempo o "alvo"...

Beijinhos

Marisa Martins disse...

Vamos divulgar e apoiar o cinema Português.

Vejam o projecto cinematográfico "La Lys" e participem no Casting.

Visitem:

www.lalys-ofilme.blogspot.com

Obrigado

Luis Eme disse...

Espero que sejam boas memórias, Maria P...

Luis Eme disse...

Também houve o "alvo", Maria?...

Está bem...

Luis Eme disse...

Estamos nessa Marisa...

Rosa dos Ventos disse...

Bons tempos esses!
As crianças podiam circular sem perigos e aceitar naturalmente a generosidade e a simpatia de desconhecidos...

Luis Eme disse...

É verdade Rosa... eram tempos muito diferentes, em que as pessoas confiavam mais umas nas outras...

Cristina Caetano disse...

Luís, me emocionei..fez-me lembrar meu tempo de criança, encontros felizes com pessoas que já não existem entre nós.
beijo e um bom fim de semana

Luis Eme disse...

Olá Cris, beijos também para ti.