As viagens nem sempre são possíveis de concretizar por questões económicas e pela ausência de dias vagos para se terem férias mais pessoais. Quem tem filhos menores, planeia sempre as férias a pensar na praia, muito importante para a saúde no ano inteiro (o único ano que não fiz praia, fui atacado por uma gripe que durou uns três meses...).
Mas o que quero falar agora, é de outros adiamentos, das leituras dos livros que vão ficando na prateleira, embora alguns não desistam de nos acenar...
Há livros que estão lá porque sim (não há grande vontade de ler...), outros é mesmo falta de tempo e medo (sim esta mania de se escreverem livros com mais de quinhentas páginas não tem muito a ver comigo, sinto que são palavras a mais e tenho dificuldade em agarrá-los...).
Foi por isso que ainda não li livros que já estão na estante há mais de uma década, embora ainda me pisquem o olho, de vez enquanto, como são os casos de, "O Ano da Morte de Ricardo Reis", de José Saramago e do, "Fado Alexandrino", de António Lobo Antunes (este recomendado pelo autor...).
Dos mais recentes, também me piscam o olho, embora menos, o "Equador", de Miguel Sousa Tavares, o "Eu Hei-de Amar uma Pedra", novamente Lobo Antunes, a "Cara da Gente", de Batista-Bastos... e depois há outros mais curtos como, "Os Duros não Dançam", de Norman Mailer, "A Virgem e o Cigano", de D. H. Lawrence, que me atrairam sobretudo pelos títulos (estes dois devem ir de férias comigo, finalmente...).
E, sem saber explicar muito bem, existem outros livros que me ofereceram que não tenho vontade de ler. Alguns de José Rodrigues dos Santos, da Margarida Rebelo Pinto e até o "Código Da Vinci", de Dan Brown. Sei que é uma falha minha, devia ler para perceber o porquê dos seus sucessos, mas...
O óleo é de Juan Gris, um nome grande do cubismo.
14 comentários:
Ainda ontem conversava sobre isso, a lista imensa de livros por ler que ainda não comprei e vários que comprei e ainda não li.
Tinha o hábito de ler assim que ia pra cama, mas ultimamente ando tão cansada que deito e desmaio. Só nas férias mesmo.
Beijinhos
Há livros que nos agarram, e queremos passar á pagina seguinte. Outros como muito bem diz vão ficando retidos na estante há espera, às vezes infinitamente, eu tenho por ex: o "Adeus às armas" do Ernest Hemingway,e do António Lobo antunes "O Arquipélago da insónia" e mais e mais à espera.
No entanto o querer "devorar", alguns, leva-me a que estejam 3 em fase de leitura, todos acima das 400pag...
Boas férias e boas leituras
um abraço
Ler por prazer, ao menos nas férias, sem obrigações é a minha receita...
Beijos, Luís M.
Agora que tenho todo o tempo do mundo ainda leio mais.
De Miguel de Sousa Tavares li o Equador, oferta natalícia de há dois ou três anos e não desgostei, encontrei-lhe até um certo sabor queirosiano...mas não consigo pegar em "O Rio das Flores", também oferta natalícia.
Também tenho vários em lista de espera.
Neste momento estou a terminar "Vinte e Quatro Horas da Vida de uma Mulher" de Stefan Zweig, numa edição de 1959, imagina!
Boas leituras, escolhas não te faltam!
Abraço
Impus-me uma regra 8que me tem sido dificl cumprir) - não comprar livros enquanto não ler os que tenho por cá espalhados e ainda não li.
Qtº ao Código da vinci, se em termos de objectividade histórica vale o que vale, é um dos melhores livros policiais que li. Viciante!
Beijos
sou como tu!
Nunca li nada do José Rodrigues dos Santos, da Margarida Rebelo Pinto, do Miguel sousa Tavares e também não li o "Código Da Vinci...acho que sou preconceitosa.
engraçado...
um bjo Luis
também tinha essa hábito de ler na cama (de levar com os livros no nariz...), Cris...
espero voltar a ler muito lá para o Outono...
não consigo ler dois romances ao mesmo tempo, Mina. posso estar a ler mais que um livro, mas têm que ser diferentes. poesia, ensaios...
sim, nas férias deve-se tentar ler por prazer, M. Maria Maio.
do Miguel só não li o "Equador". mas li o "Rio das Flores" só para me certificar se era tão mau como o pintavam...
já comprei o último dele, o quase romance para ler nas férias (é curtinho e tem letras grandes...)
não consigo seguir essa regra. um dos poucos vicios que tenho são os livros, Lúcia...
Vela, do Miguel tenho lido quase tudo. gostei muito do livro de contos. "não te deixarei morrer, David Crocket"...
tens razão, há um bocado de preconceito.
Caro Luis
a 1ª vez que vi livros e muitos livros e mistérios dos livros foi na livraria do Silva Santos situada na Praça da Fruta....depois foi no ferro-velho perto do meu bairro....Roubei um livro no ferro-velho com o título "História da Filosofia" que ainda hoje guardo ...todos estes livros não foram os primeiros,porque os das escola esses sim.....mas só me cativavam as imagens..o resto era castigo....de lá para cá...tenho os livros como fugas amigáveis..
gosto de visitar o teu blog....continua activo
obrigado
Vitor Pires
não me recordo dessa livraria, embora deva ser do meu tempo, Vitor.
sempre vivi fascinado pelos livros, que não eram muitos na infância, porque o livro já foi mais objecto de luxo que na actualidade (apesar de continuarem caros)...
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