Abril não foi um sonho,
foi mesmo uma Revolução.
Foi um dia demasiado belo
e é muito mais que uma canção.
No entanto são os poetas e os trovadores da revolução quem melhor sintetiza o que se passou antes e depois...
Quando Zeca Afonso cantou (Vampiros), disse-nos quase tudo:
[...]
Se alguém se engana
com seu ar sisudo
e lhes franqueia
as portas à chegada
eles comem tudo
e não deixam nada
[...]
E nós enganámo-nos mesmo, franqueámos as portas à mesma gente, que no Estado Novo, enriquecia e deixava o povo à míngua e o Estado pobre, as célebres famílias que dominam hoje a banca, a pouca indústria e comércio que temos. Foram eles com a complacência e a "corrupção" ética e moral de uma parte significativa dos ministros e secretários de estado, que nos governaram desde a década de oitenta até aos nossos dias (dou o benefício da dúvida aos que governaram na década de setenta, por todas as convulsões e dúvidas que ainda existiam...).
Com outros empresários e outros políticos, Portugal seria um país muito diferente, para melhor, não tenho qualquer dúvida...
E é uma pena constatarmos que Abril não se cumpriu integralmente. Sobra a LIberdade, que também já não é o que era...
6 comentários:
Estes dois nomes maiores da nossa música são de facto os que deram a cara cá, fortemente, antes do 25 de Abril.
E está nas nossas mãos fazer cumprir Abril, Luís, e eu sei que tu sabes.
Façamo-lo. Pelos nossos filhos. E netos...
Beijinho
Sempre vim cá.
Abraço Amigo
é uma pena...
sonhos perdidos, ilusões gastas, metiras descaradas, enganos imensos e "eles comem tudo..." todos deixámos que fosse assim!
beijinhos
o problema é estar muito para além das nossas mãos, Maria, o que torna tudo mais difícil...
só tu, Gringo.
aparece mais vezes.
todos é muita gente, Gaivota...
embora reconheça que tens razão, pelo menos nas eleições, podemos tentar mudar o rumo dos acontecimentos...
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