sábado, julho 09, 2011

"Desmontar" a Rua Onde Cresci...


Uma das coisas que nos faz mais confusão, quando confrontamos as nossas memórias de infância com a actualidade, é a forma como tudo "encolheu". As casas, as ruas, os campos e os quintais, tornaram-se quase insignificantes...

Quando um dia destes voltei a passar pela rua onde cresci (só não nasci porque quando devia estar quase na hora fui para Salir de Matos, para ser assistido na casa da avó pela parteira da família...), voltei a estranhar tudo aquilo.

Nos anos sessenta a estrada ainda era de areia barrenta, tornando-se num autêntico lamaçal quando chovia. Próximo dos anos setenta chegou o alcatrão, mas continuava a ser uma rua "limpa" de carros (um luxo nesses tempos...), onde era comum jogarmos à bola e brincarmos à apanhada ou às escondidas...

Na época nunca questionei o seu nome, rua 26 (todas as ruas tinham um número...). Deve ter sido a forma mais fácil de organizar as artérias do Bairro dos Arneiros, que começou por ser clandestino (como quase todos...). Mas gosto muito mais de um nome. Agora é rua do Compromisso. A Maria da Ilha já deixou por aqui um comentário, em que fala do "compromisso" de D. Leonor (penso que é isso, ainda não me debrucei sobre esta parte da história das Caldas).

Hoje a rua é assim. À vista, parece que tem mais carros que pessoas, como quase todas as ruas...

4 comentários:

Maria disse...

Às vezes é quase impossível passarmos por aqui, Luís. Em tempo de aulas e hora de ponta... sim, que aqui na nossa terra também já há 'hora de ponta'...

Beijinhos.

gaivota disse...

o progresso de caldas... nasci, cresci, vivi na praça, num prédio da praça que também já identifiquei por aqui num ou noutro post... já não há cidades pequenas, sem movimento, as ruas têm nomes e as portas têm números, jão não há "lotes"...
beijinhos

Luis Eme disse...

imagino, Maria.

as ruas com os carros parecem tão estreitas...

Luis Eme disse...

são os efeitos preversos do progresso, sim, Gaivota.