quinta-feira, setembro 25, 2008

Encontros e Desencontros...

Encontrei-me por acaso, com um companheiro de escola, que não via há mais de vinte anos, numa carruagem de comboio. Se ele não se metesse comigo, não o reconhecia.

É engraçado, há pessoas que envelhecem sem mudar muito os seus traços e outras, pelo contrário, transformam-se completamente, como se passassem a ser outras pessoas, tão diferentes daquelas que conhecemos...
Quando as olhamos, notamos algo de familiar. Mas isso é tão vulgar, com a passagem dos anos. Há sempre alguém que nos lembra alguém...
Falámos apenas do trivial, de lugares, pessoas, filhos, porque a estação era logo ali...
Nem sequer trocámos números de telemóvel...

16 comentários:

Maria P. disse...

Hoje corremo demais,por tudo e por nada, não se dá importância ao essencial, mas também o que para uns é essencial, para outros pode ser trivial...
Afinal o encontro até foi por acaso...

Beijos, Luís M.

as velas ardem ate ao fim disse...

Fizeste me sorrir.

um bjo

CNS disse...

Não há tempo, nem para reparar na passagem dele.

Lúcia disse...

Tchiii... também já me aconteceu. Foi tão bom o reencontro (ainda por cima eu, que ainda me lembro do nome e da cara de todos os meus colegas da primária!). E nem troca de telemóvel, que hoje em dia, é o mais comum...frustra.
Beijos

Paula Crespo disse...

Isso fez-me lembrar da velhinha canção de Chico Buarque, "Sinal Fechado":
– Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E
você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...
Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa,
rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus!

lena disse...

no comboio
um olhar
um amigo
uma troca de palavras

o diálogo de todos os encontros

depois a paragem

cada um segue o seu destino...


é quase sempre assim

há algo que fica por dizer e o comboio parte....


um abraço

lena

Anónimo disse...

Muito boa a lembrança da leitora Paula Crespo da letra da música Sinal Fechado, cantada por Chico Buarque no CD Sinal Fechado e de autoria de Paulinho da Viola.

Luis Eme disse...

pois corremos, M. Maria Maio...

Luis Eme disse...

óptimo, Velas...

Luis Eme disse...

pois não, Cristina...

Luis Eme disse...

já não sou assim tão bom com os nomes, Lúcia...

Luis Eme disse...

que bom trazeres o "sinal fechado", Paula...

Luis Eme disse...

o teu comentário é um poema, Lena...

Luis Eme disse...

pois foi, Carioca...

Nia disse...

Juro que quando me encontrar por aí contigo numa esquina qualquer, nem que venhas de bicicleta, eu troco contigo o meu número de telemóvel..tá bem?;)

Luis Eme disse...

está combinado, Nia...