Sempre ouvimos dizer, que depois da tempestade vem a bonança... e é verdade. É por isso que sabe bem ir ver o mar, depois de muita chuva e muito vento. Quanto mais não seja para lhe dizer olá e ver se não mudou de sitio...
Muitas vezes olho para as águas do Tejo e penso no meu Mar do Oeste. Ele é especial. A rebeldia, o ar selvagem, o perfume salgado, o jeito travesso com que responde às nossas perguntas, são únicos...
Vou mais longe e digo, que o meu Mar é um poema à vida...
É difícil dizer onde começa e acaba este Atlântico sublime e indomável. Penso que se forma ainda perto de Lisboa, na Ericeira, e vai subindo, pelos menos até à Nazaré. Mas é nas proximidades do Cabo Carvoeiro que assume toda a sua plenitude.
Mas é na minha Foz do Arelho, que ele pulsa mais forte...
Até mesmo os seus nevoeiros matinais, conseguem-se envolver com o nosso estado de espírito (isto do nevoeiro não é coisa de D. Sebastião, como nos querem fazer crer, é mais antigo, se calhar até já vem dos tempos de Viriato e da Lusitânia)...
Quando escolhi este óleo de Fausto Sampaio, "Berlengas", lembrei-me da Maria e do seu perfume (cheiro) a Mar...
17 comentários:
Luis, Estou com a lágrima no canto do olho...
Mandaram-me há uns anos um postal de boas festas com essa reprodução... que eu pus numa moldura e que está na minha casa da terra de origem.
O mar da Foz é, sem dúvida, uma força da natureza. Chega a ser mais bravo que o lindo mar da Nazaré. E que dizer do namoro constante dele com a aberta? Só quem conhece é que sabe do que falamos...
Um beijo e muito obrigada pelo texto e foto...
O mar é sempre NOSSO... qualquer que ele seja e onde quer que nos encontremos!
Qualquer imagem do mar deixa-me sem fôlego!
Eu que nasci na serra sinto que seco aqui!
Deve ser por ter raízes na lezíria, mesmo à beira do Tejo, que, como a maior parte dos rios, se faz mar!
É uma bela pintura com a Berlenga e os Farilhões no meio do Atlântico...
O mar da Foz é um bom exemplo da força da natureza, Maria.
Tens razão, ele tem uma relação especial com a Lagoa, um amor quase selvagem...
MFC, o mar é sempre nosso, mas há alguns pedaços de costa, que nos tocam mais... porque foi lá que aprendemos muitas coisas.
Pois é Rosa dos Ventos... é a velha dicotomia entre o interior e o litoral... entre a serra e o mar...
Olá pessoal!
Eu sou o autor do blog «Equipas do Passado», e gostaria de colocar no meu blog uma equipa, pelo menos, do Caldas Sport Clube dos anos em que esteve na 1.ª Divisão Nacional.
Para isso preciso de conseguir os nomes dos jogadores que faziam parte dessa(s) equipa(s), e em que posições jogavam.
Gostaria de saber onde posso encontrar esses dados. Será que alguém poderá ajudar!
Se precisar de me contactar, aqui vai o meu e-mail: quinasdabola@yahoo.com
O seu post de 29 de Agosto, “O Meu Primeiro Clube”, sobre o Caldas SC está excelente!
Obrigadíssimo,
Quinas
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Que texto bonito, Luis, mas acho que percebe melhor quem sabe a mar... como na música, usando mesmo o jogo de palavras. O cheiro e a sensação dos pés na areia húmida esperando pela água rasteirinha e a espuma e aquele primeiro contato com a pele, que é só quando ele quer e nós ficamos a esperar... é uma experiência da alma e não só do corpo. Há uns anos, quando morei no Porto, sempre que estava triste ou nostálgica ou sem forças, ia para a Foz e me deixava ficar tempos sem conta a aspirar o cheiro a mar, a olhar as rochas a molhar e "desmolhar", ao sabor das ondas, e voltava um pouco mais dona de mim para a Boavista.
Meu caro "Quinas", a maneira mais fácil de conseguir os elementos que deseja, é consultando os jornais da época (especialmente os desportivos).
Lembro-me de alguns jogadores (de nome claro). Do Rita, que cheguei a ver jogar nas velhas guardas, um guarda redes enorme, do Saraiva, do Fragateiro, do Lenine, do Janita, do Anacleto, do Ulisses... e claro do António Pedro, a "vedeta" da companhia. Ele era centro campista, era o pensador da equipa. Penso que o Janita era avançado... mas não tenho certezas...
Eu também gosto muito de respirar, ou aspirar aquele "sal" que envolve a neblina, nas manhãs frescas, Ida...
E, não sei porquê, gosto muito de atirar coisas ao mar como seixos ou coisas que dão à costa, como se fosse um jogo ou uma forma de comunicarmos...
O nevoeiro da Foz e aquele pôr sol magnifico visto cá de cima.
Ver aquele por do sol foi um dos meus rituais diários nos últimos anos.
E se aquele mar tivesse voz e pudesse contar tudo o que lhe contei nos constantes vai e vem praia fora...
Não há qualquer dúvida, o Mar da Foz é mesmo especial: a força das ondas; a neblina matinal que por vezes se prolonga até ao meio dia; o pôr do Sol, que pode ser apreciado da Lagoa até ao Mar...
Aparece mais vezes Eva.
O Atlântico pode não terminar aqui, mas chega, dá um beijo nas nossas praias e volta feliz numa grande onda até Portugal. :)
Não sei se conseguiria morar num local sem mar.
E que bom que as chuvas por aí melhoraram...puxa, que susto!!!
abraço
Para acompanhar o óleo de Fausto Sampaio junto-lhe um breve poema de Sophia: MAR SONORO
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim,
A tua beleza aumenta quando estamos sós.
E tão fundo,intimamente, a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho.
Que momentos há, em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim
(DIA DO MAR, 1947)
Pois é Cris, o Atlântico é enorme... posso enviar uma mensagem numa garrafa e ter a sorte de ela viajar até esse lado...
Adoro a Sophia...
não precisa de escrever muito, para se fazer entender...
e diz sempre coisas tão intensas, apesar de serem simples...
obrigado Sininho, pelo MAR SONORO...
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