sábado, abril 19, 2008

Andar Perdido Dentro de Campo...

A nossa memória é tão selectiva... e recorda-nos coisas tão estranhas.
Foi o que aconteceu esta manhã, quando me recordei da coisa mais estranha que aconteceu, na minha curta carreira de futebolista...
Jogávamos em casa, no velho Campo da Mata contra um adversário que não recordo. Estava sentado calmamente no banco de suplentes, naquela que era a minha primeira época de juvenil, quando o treinador (qualquer coisa Reis...), olhou para mim e mandou-me aquecer para entrar no jogo...
Aqueci e depois a única indicação que recebi, foi: «vais marcar aquele gajo, vais andar sempre em cima dele e não o deixas tocar na bola.»
Entrei em campo e senti-me completamente perdido. A única referência que tinha no campo, era um jogador habilidoso e rápido, que tinha de perseguir e tirar-lhe a bola, se conseguisse... não tinha uma posição, um espaço.
Joguei pessimamente, completamente desenquadrado do jogo, andava ali, à procura de quase nada...
O treinador não falou comigo depois do jogo, mas percebi que não tinha gostado da sua opção...
A esta distância, sei que nenhum treinador devia pregar uma partida destas a um rapaz de quinze, dezasseis anos, sem lhe ter explicado antes, o que era isso da marcação "homem a homem"...

20 comentários:

Maria P. disse...

São estas "partidas" que nos preparam (ajudam) para outras que surgem no jogo do dia-a-dia, digo eu...

Beijos e bom sábado Luís M.

Berta Helena disse...

Luís,

Nem no futebol nem na vida. Acho que partidas dessas deixam marcas às vezes dolorosas. Difíceis de ultrapassar. Passei por uma ou outra situação do género (não no futebol). Mas acho que isso aconteceu um pouco com todos nós. E também é verdade que essas situações têm o outro lado: fazem-nos crescer.

Um abraço
Berta Helena

tulipa disse...

Olá Luis

A minha vinda aqui hoje, é para convidar para o cocktail que ofereço, durante todo o fim de semana.
Estarei à vossa espera, num lugar magnífico que reservei.
No entanto durante todo o dia, as bebidas estão à disposição bem como este ano uma surpresa...

Bom fim de semana.
Beijos e abraços.

gaivota disse...

estes jogos no velho campo da mata...
também fiz lá um jogo, há muiiiiiiiiiiiiiitos anos, 40! era o Micael o nosso treinador, a equipa feminina!já não sei o resultado...
aprendemos sempre qualquer coisa...
e a crescer!
beijinhos

Anónimo disse...

esta tua lembrança. trouxe-me à memória uma conversa com a minha professora primária, em que ela me assegurava que a palavra que eu tinha dito não existia. e fiquei até hoje convencida do contrário! são coisas que de facto nos marcam para sempre, luís. um beijinho *

Isamar disse...

Deixa lá, Luís! Há quem ganhe milhões e ande num campo a jogar pessimamente. Tu só tinhas dezasseis anos e não eras profissional. No entanto, a atitude do treinador foi pouco pedagógica.

Beijinhos

Anónimo disse...

bonita história dos tempos antigos :))
Luis passa lá no meu cantinho, pois abri o portão, e mesmo que nao queiras dar seguimento, ficas a saber do meu pensamento por ti :))

Beijinhos

pin gente disse...

entrei aqui pela a cor do mar para conhecer amigos dos amigos.

será que o treinador também ainda se lembra?

abraço
luisa

Luis Eme disse...

Não se tratou de uma partida, mas sim do começo do adeus, M. Maria Maio.

Eu sabia que o meu futuro não era o futebol, acabei por voltar para o clube do meu bairro, para os meus amigos, para o atletismo, ganhando muito mais, a todo o nível...

Luis Eme disse...

O que mais me espanta, Berta-Helena, é ter a sensação, que nunca me ensinaram nada de muito útil nesta minha aprendizagem de jogador da bola, mesmo em relação ao jogo...

Luis Eme disse...

Adorei o cocktail, Tulipa...

Luis Eme disse...

Claro que aprendemos, Gaivota, ás vezes muito, mesmo com quem pouco tem para nos ensinar...

Luis Eme disse...

e de certeza que a palavra existe, Alice...

Luis Eme disse...

E sabia que nuca seria, Sophiamar...

o treinador apenas abreviou o meu adeus...

Luis Eme disse...

Gostei muito de voltar a ver o teu portão aberto, de puder olhar do teu miradouro, a Cor do Mar...

(agradeço a gentileza, embora não dê seguimento...)

Luis Eme disse...

Claro que não "Pin Gente"...

Ele ainda hoje deve pensar que foi um grande treinador...

Anónimo disse...

Fizeste bem em ir para o atletismo, até porque e tens que reconhecer a habilidade não era lá muita.

O dito treinador, pode ter errado nesse dia, quem nunca errou? Mas foi um indivíduo que marcou uma era enquanto líder, é uma excelente pessoa, teve um excelente relacionamento a mioria dos atletas.
É bom não esquecer que naquele tempo, não se usava cinto de segurança, etc, não traumas, etc, lava-se as mãos depois de comer, etc
João Santos

Luis Eme disse...

Pois fiz, a todo o nível... o futebol não era de facto o meu desporto, nem o Caldas o meu clube de amigos. Esse era o Arneirense...

Também não disse que o treinador errou, em sitio nenhum. Fez a leitura dele de jogo e deu as instruções que achou necessárias...

Nem tão pouco sei se é boa ou má pessoa, pois nunca tive qualquer relacionamento com ele, além do de treinador-atleta, por poucos meses, porque decidi, mudar de desporto, por vontade própria, sem empurrões...

é muito lermos com atenção, Santos...

Anónimo disse...

"A esta distância, sei que nenhum treinador devia pregar uma partida destas a um rapaz de quinze, dezasseis anos, sem lhe ter explicado antes, o que era isso da marcação "homem a homem,"

Se isto não é uma crítica implicita, o que é que será?

santos

Anónimo disse...

O Arneirense


E quem o sustenta?
acmcr, ajfsto, os sócios? quais, quantos, como?

milagres? o que fazia, pregaram-no!