Ontem encontrei-me com um amigo e conterrâneo, à beira Tejo.
Sei que não nos devíamos ter encontrado tão próximo das eleições, evitávamos falar de "duques e de senas tristes"...
Como é natural a conversa descambou para a política, para o quase abandono cultural de uma cidade que tem tantas potencialidades. O Costa como qualquer político que se preze, prometeu agora fazer em quatro anos o que não fez em oito (querem melhor autocrítica que esta?...). Ambos sorrimos a esta "pérola", mas temos algum receio do que ele possa fazer à cidade, pelo menos no campo urbanístico, com tanta vontade de fazer coisas...
O Rui falou-me com entusiasmo do Museu Bernardo, da revolução cultural que tem proporcionado na nossa cidade, fazendo um brinde ao Joe Berardo, porque sem ele e sem o seu museu instalado no CCB, o Bernardo não teria avançado com toda aquela energia. A Teresa também já me tinha falado igualmente com entusiasmo. Tenho de conhecer o museu e o Bernardo...
Depois de lhe dar o último livro que escrevi sobre Cacilhas, ele disse que eu devia fazer algo parecido sobre as Caldas. Tive de ser sincero e de lhe dizer que conheço de uma forma mais profunda a história de Almada que a das Caldas...
Já depois do meu livro anterior, o meu irmão também me falou na possibilidade de escrever um parecido sobre as Caldas...
Mas as coisas não são assim tão simples...
12 comentários:
Não são tão simples?
Hmmm...
isso não é um não, portanto...;)
Beijinhos, Luís
Sabe quais foram os resultados eleitorais do dr. Fernando Costa? 50,47%.
A democracia é isto e mostra que os caldenses estão satisfeitos com o Municipio.
Ainda bem que nas Caldas não se sustentam os "chulos" da cultura.
Deixe-se ficar por Almada, não faz falta nenhuma às Caldas.
Eu faço parte dos 49,53% que não votou no Costa, aliás ainda à coisa de duas horas estive com o “Presidente” a que lhe disse isso mesmo.
O que me surpreende é a “azia” deste “Costa das Caldas” que fez o comentário anterior que parece ser o dono da verdade, e já agora deixe que lhe diga que os Caldenses não estão satisfeitos, metade dos Caldenses estão satisfeitos assim é que é.
Por tudo isso amigo Luis pode vir ás Caldas á vontade que ninguém lhe bate.
Tal como o Luís, sou natural das CdR a residir noutras margens mais a sul desta nossa terra feita de muitas migrações internas e externas. Tal como o Zé Ventura, se vivesse nas CdR teria engrossado a metade de votantes que se opõem aos tais «Costa(s) das Caldas» e quejandos. A democracia passa pela capacidade de saber ouvir os outros para que tenhamos o direito de ser ouvidos. Caso contrário, entramos no tal domínio desagradável dos «chulos». Não da «cultura», mas sim da falta dela. E sendo assim, espero continuar a poder circular livremente nas CdR sempre que os fados me levem para essas paragens, com o mesmo à-vontade e tranquilidade com que o faço em todas as restante parcelas do país. Nem mais...
Aventurei-me por aqui e gostei.
Ele há dias assim!!!
Sobre a historia das Caldas, seria interessante o Luis escrever sobre as razoes historicas que terao levado uma cidade inteira a eleger como icone cultural e actvidade principal a manufactura de... pilas! Ora aqui esta algo que eu gostaria de ver explicado...
não sei, Lúcia (não devemos dizer nunca, é demasiado definitivo).
de momento sinto-me distante da história local caldense.
é-me mais fácil escrever estórias de memória, sobre pessoas e a cidade, sem a profundidade histórica...
"Costa das Caldas" (será primo do "rei da cidade"?), já que falou de números, poderia contrapor com os números da abstenção (a grande vencedora das eleições no nosso país...), mas não, não vale a pena. até porque pareceu irritado.
nem sei o que quer dizer com "chulos" da cultura. se não existe grande actividade cultural (pelo menos digna desse nome na cidade, organizada pela autarquia), é dificil descobrir os ditos "chulos"...
quanto ao não fazer falta à cidade, isso nem é importante.
visito-a porque gosto dela. tenho lá a minha família mais próxima, alguns amigos e há sitios que são de uma beleza única, para mim, que de vez em quanto sinto saudades.
como gosto muito de ser um anónimo na minha cidade, sabe bem não lhe fazer falta...
muito mais de metade, Zé Ventura, se contarmos com os abstencionistas.
em relação ao primo do outro, as "vozes de burro não chegam ao céu", claro que irei às Caldas sempre que me apetecer, sem ter de levar um cão...
éramos três, Artur, a votar, pelo menos contra o quase dinausauro Costa...
a democracia passa muito pela rotatividade, embora as pessoas ainda não tenham percebido isso.
a nossa cidade é demasiado bonita para que nos preocupemos com os "costas" que andam por aí...
ainda bem "esquinas".
aparece sempre.
é uma questão interessante, Zé Bastos.
provavelmente será desenvolvida pela "Confraria do Príapo", que também tem essa vertente histórica.
talvez tenha sido desenvolvida com a passagem do Rafael Bordalo Pinheiro pela cidade, já que ele era danado para a brincadeira...
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