quinta-feira, outubro 05, 2006

A Possibilidade Para Tudo



"The Possibility of Everything" ou "A Possibilidade Para Tudo" é o nome da Exposição Antológica (1989 - 1994) de João Paulo Feliciano, patente na Culturgest, em Lisboa.
O título desta mostra de arte diz quase tudo e retrata o percurso pluralista deste caldense no mundo artístico, com passagens pela pintura, escultura, música, design, multimédia e arquitectura. Ninguém diria que a sua formação é de Línguas e Literaturas Modernas.
João Paulo Feliciano não é um nome estranho para mim. Embora não troquemos qualquer palavra há mais de vinte anos, fomos colegas nos bancos de escola (não me recordo se desde o ciclo preparatório, ou apenas na secundária...) do antigo Liceu, mais tarde baptizado Escola Secundária Raul Proença.
Lembro-me que o João Paulo era bastante expansivo, inventivo e até um pouco excêntrico (as ideias já fervilhavam na sua cabeça...), além de ser bom aluno e companheiro...
Enquanto escrevo estou a recordar-me de algumas peripécias e também de alguns amigos com o Paulo Gaspar, o Zé da Silva, o Vitor "Cenoura", a Orlanda, a Paula Barreto, o Paulo Lemos, o Jorge Bandeira Duarte, o Luís Borga, o João Buiça, a Cristina Aleixo (os últimos cinco mais próximos do João Paulo). É curioso, normalmente somos conhecidos apenas por um nome, o apelido, mas ele já era conhecido entre nós como João Paulo Feliciano.
Acompanhei pela comunicação social as suas incursões musicais em grupos como os "Tina & The Top Ten", os "No Noise Reduction" e também os "Pop Dell'Arte". Nunca tive a curiosidade de assistir a qualquer espectáculo destas bandas porque o seu estilo musical dizia-me e diz-me pouco.
Posteriormente li algumas entrevistas suas, como artista plástico, pouco entusiasmado com a contemporaneidade da sua arte e com as suas ideias (ainda hoje o manuseamento dos seus objectos, como arte, diz-me muito pouco). Ninguém é perfeito...
Soube pelos jornais que era um dos responsáveis pelo excelente espectáculo nocturno "Acqua Matrix" da Expo 98, que tive a felicidade de ver no Tejo.
Ah, é verdade, estive na Culturgest...
Pois, senti-me estúpido. O defeito deve ser meu, devo ter pouca sensibilidade para a sua originalidade artistica.
Apesar de tudo, achei importante falar deste artista caldense de renome internacional, com passagens afirmativas pelos EUA, Brasil e Europa, que teve a particularidade de ser da minha turma, há uns anos que já lá vão...

2 comentários:

Alice C. disse...

A história deste teu colega de turma ter pertencido aos "Pop Dell'Arte", é no mínimo suspeita...

Luis Eme disse...

Penso que te estás a referir às preferências sexuais do João Peste, por exemplo.
Em relação ao João Paulo Feliciano, posso acrescentar que era um rapaz normal, sem qualquer espécie de tiques...
Felizmente estamos numa sociedade livre, e as nossas opções sexuais, só nos dizem respeito a nós, a não ser que as utilizemos como bandeira...