Estava a tirar alguns apontamentos históricos, quando descobri a palavra Salmoira. Esta palavra levou-me logo de viagem até Salir de Matos...
Voltei a entrar na casa da avó, a descer a escada ao lado do forno, a percorrer o corredor da adega e a parar, junto à arca de madeira, cheia de sal grosso. Sal que cobria a carne e o toucinho, guardados após a matança do porco.
Nessa altura ainda não havia frigorífico lá em casa, nem na maior parte das habitações da aldeia...
E a carne era toda conservada em salmoira...Esta aguarela de Maria Valente representa muito bem qualquer aldeia da Estremadura, como Salir de Matos. E como me lembra a rua detrás, dos nossos pátios, que começava na casa da tia Utilde...
12 comentários:
As tuas memórias, e as minhas memórias, Luís.
Quantas vezes desço também a escada ao lado do forno, por onde vem aquele cheirinho a pão acabado de cozer....
Beijo
E lembra o branco do Alentejo, a casa da Avó Rosa, onde a salmoira também existia...mais uma recordação tão boa.
Obrigada, beijinho.
Em casa das minhas avós eram de pedra as arcas de salmoira!
Gosto das tuas memórias...trazem com elas as minhas!
Abraço
Ola Luis
As tuas palavras tambem me fizeram lembrar a casa de meus avós, bem perto neste nosso litoral.
Gostei muito de ler ;)
Bom Domingo
Um beijinho*
Gostei do post e muito da aguarela
Os cheiros, os sons... dizem-nos tantas coisas, Maria P...
Pois lembra, mas o branco é de quase todas as aldeias, se excluirmos a Beira, cada vez mais rendida também ao branco, Maria P
(o comentário anterior era para a Maria da Ilha, mas que ficou com o teu pê...)
A minha mãe, a propósito deste "post", lembrou-me que o meu pai também fez uma salmoira de cimento, embora nunca lhe tenha dado muito uso, Rosa...
As histórias não são assim tão diferentes neste nosso litoral...
Beijinho Cor do Mar...
Também gosto muito da aguarela "redonda" e faz-me mesmo lembrar a rua detrás da casa dos meus avós...
Linda, linda, a aguarela, sem dúvida! Com aquele branco que encandeia nos dias de Verão (de Inverno, é a presença do húmus até aos ossos).
Conheço o Alentejo por famílias emprestadas. Depois, por mim mesma.
Salir de Matos, ainda não.
Salir de Matos é uma aldeia vulgar, APC, os meus olhos é que lhe colocam uns pózinhos brilhantes...
Enviar um comentário