Voltei a inventar formas de tornar os espantalhos que o avô colocava nas fazendas mais humanos, juntamente com o meu irmão...
Sim, mais humanos, ou seja, com roupas, chapéus, rosto e até mãos, com dedos palha...
Pedíamos à avó roupas velhas, esburacadas com o uso, chapéus sebentos que já ninguém usava e construíamos as nossas primeiras (e únicas...) esculturas, com alguns laivos de arte...
Recordo que o avô preocupava-se mais com os movimentos que ele fazia, colocando vários objectos móveis, que abanavam e projectavam sons, quando o vento soprava, afastando as aves das colheitas...
20 comentários:
Estes posts são belíssimos!
Já sei que consideras soar a "italiano" o adjectivo, mas o facto é que eu adoro fazer espantalhos e claro fiquei encantada com este!
Beijinho*
Olha, amigo Luis, quando estive este ano aí, vi em vários quintais, ao lado das casas, uns móbiles feitos com cds velhos que reluziam e, é claro, faziam barulho. Nem me passou pela cabeça que aquele "artefato" era para espantar os pássaros das cerejeiras e de outras árvores de quintal...mas eram. Que pena!
abraços
Fizeste-me recordar qualquer coisa que na minha memória estava esquecida. :)
Infelizmente perdi meu avô muito cedo, eu tinha nove anos, mas eu vivia grudada nele. :)
Beijos
Caro Luis
na realidade, espreitar este espaco eh abrir uma janela para a memoria sentada num velho banco de quintal e ver o mundo pequenino passar...Este espantalho estah um pouco diferente dos que tenho em memoria, talvez esteja um pouco burberrys look e aqueles garrafoes ficam bem equilibrados....esta eh a imagincao do povo da aldeia, mudam-se os tempos, mudam-se as roupas....os espantalhos do nosso imaginario..
obrigado
Vitor Pires
E eram tão giros os espantalhos!
Agora não estão para se maçar, resolvem o assunto com uns horrendos sacos de plástico...
Abraço
E os espantalhos na nossa zona eram muitos, na época, pois havia árvores de fruto um pouco por todo o lado, onde agora existe betão.....
Então nos quintais dos "casais" eram dos mais variados, até com panelas velhas a fazer de chapéu...
Do que tu te foste lembrar, Luís...
Beijinho
(claro que ouvi o charanga, continua no prato do gira discos...)
Para mim as vezes recordar é mmo viver.
bjinhos e bfs
Vi esta semana na televisão uma reportagem sobre espantalhos a partir de uma terra cujo nome não recordo.
Não eram espantalhos, eram um espanto! Engraçadíssimos!
Abraço
é uma optima ideia fazer espantalhos, Maria P.
E podes usar os superlativos, sempre que quiseres...
Tens razão, Pitanga, agora usam-se muito os cd's por causa do brilho e do som (produzido pelo vento claro)...
Espero que tenham sido boas as recordações, Cris.
Caro Vitor,
com os campos tão abandonados, começa a ser uma raridade, descobrirmos espantalhos...
Tens razão Sininho.
Há um abuso do plástico, até nas cidades, para afastar os pombos das varandas...
Pois eram, Maria...
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...
Recordar é sempre "viver", Velas...
Não vi a reportagem, Rosa.
Mas para terem direito a um minuto de fama deviam ser especiais...
Muito boas, Luís! :)
Beijinho
Pois são, Cris...
Sabes que quando vou por aí, por este Portugalito afora, quando vejo um espantalho não resisto a apear-me e a tirar-lhe uma fotografia? :-)
O teu avô era engenhocas, hem? :-)
Deves ter uma boa colecção, APC...
Em relação ao meu avô, sabes que a necessidade aguça o engenho...
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