Não sei explicar muito bem porquê, mas sempre me lembro de gostar de me deitar na vegetação dos campos largos, quase abandonados, quase a "milhares" de quilómetros da civilização.
O ritual é sempre o mesmo, tento ficar quase invisível, quieto e em silêncio, com o olhar preso ao céu e às nuvens que passam lentamente. Depois começo a absorver os sons e os cheiros naturais, sentindo toda aquela vida, povoada de pequenos animais que voam e circulam por ali e de inúmeras plantas, cada vez com mais nitidez...
Os grilos, as abelhas, as cigarras, os pardais e as andorinhas, são quem mais se faz ouvir, numa sinfonia única...
Os perfumes campestres misturam-se e enchem-me as narinas, com a mistura do rosmaninho, dos malmequeres e tantas outras plantes silvestres...
É tão bom sentir que o "tempo" nos campos é diferente do "primo" chato das cidades, que nos faz correr, de um lado para o outro, presos aos minutos e segundos, atrás do "nada".
Até parece que ele pára, por breves minutos...
A Paisagem é de António Ramalho...
18 comentários:
Eu até penso que pára mesmo ...
Um bom Domingo para ti, beijocas*
Cá para mim pertences ao clube dos poetas-abichanados...
Um sonho...
Beijos Luís M.
é bem verdade, luís. há relógios no campo mais demorados e lentos. e que falta nos fazem :) beijinho.
Eu sentei-me na relva a ouvir a brisa... as cigarras , os pardais...uma abelha que me queria dar uma ferradela...:)
Simplesmente amo o campo!
Já a cidade... cá estamos por "obrigação..."
Lindo texto!
Deixo um beijo...em ti
(*)
a paisagem é nossa...
Saudades de novas viagens por aqui...afinal já estamos em Abril...
:)Beijos Luís M.
Caro Luís
embora não tenha deixado comentários ao longo das vezes que aqui me sento neste banco de tábua corrida...é sem dúvida um lugar especial onde consigo ver a roda do tempo....e revisitar lugares que embora estejam sempre ao nosso alcance, muitas vezes é preciso alguém dizer...olha ali...quanta distracção a nossa....
obrigado
vitor Pires
Caro Luís
embora não tenha deixado comentários ao longo das vezes que aqui me sento neste banco de tábua corrida...é sem dúvida um lugar especial onde consigo ver a roda do tempo....e revisitar lugares que embora estejam sempre ao nosso alcance, muitas vezes é preciso alguém dizer...olha ali...quanta distracção a nossa....
obrigado
vitor Pires
Pára, mesmo que seja só para nós, Cor do Mar...
Podia ter feito a provocação e assinar, mas não...
Deve ter alguma coisa contra poetas e "bichas".
Eu, felizmente, não...
Um sonho M. Maria Maio...
Se "emigrassem" para as cidades, acelaravam logo, Alice...
É mesmo, "Um Momento", obrigação...
Muito nossa, Inominável...
Abril, das águas mil...
Já te fiz a vontade M. Maria Maio...
O banco está aqui para isso, Vitor, para viajarmos pelo nosso Oeste...
Perdemos o tempo atrás dele e a fugir dele, de facto. Com ele, fazemos pouco, tão poucas vezes. Vale-nos a natureza, a arte e os afectos... Se nos dermos esse tempo!
Um abraço, Luís.
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