sábado, março 29, 2008

Ainda a Primavera...

Não sei explicar muito bem porquê, mas sempre me lembro de gostar de me deitar na vegetação dos campos largos, quase abandonados, quase a "milhares" de quilómetros da civilização.
O ritual é sempre o mesmo, tento ficar quase invisível, quieto e em silêncio, com o olhar preso ao céu e às nuvens que passam lentamente. Depois começo a absorver os sons e os cheiros naturais, sentindo toda aquela vida, povoada de pequenos animais que voam e circulam por ali e de inúmeras plantas, cada vez com mais nitidez...
Os grilos, as abelhas, as cigarras, os pardais e as andorinhas, são quem mais se faz ouvir, numa sinfonia única...
Os perfumes campestres misturam-se e enchem-me as narinas, com a mistura do rosmaninho, dos malmequeres e tantas outras plantes silvestres...
É tão bom sentir que o "tempo" nos campos é diferente do "primo" chato das cidades, que nos faz correr, de um lado para o outro, presos aos minutos e segundos, atrás do "nada".
Até parece que ele pára, por breves minutos...
A Paisagem é de António Ramalho...

18 comentários:

Anónimo disse...

Eu até penso que pára mesmo ...

Um bom Domingo para ti, beijocas*

Anónimo disse...

Cá para mim pertences ao clube dos poetas-abichanados...

Maria P. disse...

Um sonho...

Beijos Luís M.

Anónimo disse...

é bem verdade, luís. há relógios no campo mais demorados e lentos. e que falta nos fazem :) beijinho.

Um Momento disse...

Eu sentei-me na relva a ouvir a brisa... as cigarras , os pardais...uma abelha que me queria dar uma ferradela...:)
Simplesmente amo o campo!
Já a cidade... cá estamos por "obrigação..."
Lindo texto!

Deixo um beijo...em ti

(*)

inominável disse...

a paisagem é nossa...

Maria P. disse...

Saudades de novas viagens por aqui...afinal já estamos em Abril...

:)Beijos Luís M.

Anónimo disse...

Caro Luís

embora não tenha deixado comentários ao longo das vezes que aqui me sento neste banco de tábua corrida...é sem dúvida um lugar especial onde consigo ver a roda do tempo....e revisitar lugares que embora estejam sempre ao nosso alcance, muitas vezes é preciso alguém dizer...olha ali...quanta distracção a nossa....

obrigado
vitor Pires

Anónimo disse...

Caro Luís

embora não tenha deixado comentários ao longo das vezes que aqui me sento neste banco de tábua corrida...é sem dúvida um lugar especial onde consigo ver a roda do tempo....e revisitar lugares que embora estejam sempre ao nosso alcance, muitas vezes é preciso alguém dizer...olha ali...quanta distracção a nossa....

obrigado
vitor Pires

Luis Eme disse...

Pára, mesmo que seja só para nós, Cor do Mar...

Luis Eme disse...

Podia ter feito a provocação e assinar, mas não...

Deve ter alguma coisa contra poetas e "bichas".

Eu, felizmente, não...

Luis Eme disse...

Um sonho M. Maria Maio...

Luis Eme disse...

Se "emigrassem" para as cidades, acelaravam logo, Alice...

Luis Eme disse...

É mesmo, "Um Momento", obrigação...

Luis Eme disse...

Muito nossa, Inominável...

Luis Eme disse...

Abril, das águas mil...

Já te fiz a vontade M. Maria Maio...

Luis Eme disse...

O banco está aqui para isso, Vitor, para viajarmos pelo nosso Oeste...

APC disse...

Perdemos o tempo atrás dele e a fugir dele, de facto. Com ele, fazemos pouco, tão poucas vezes. Vale-nos a natureza, a arte e os afectos... Se nos dermos esse tempo!

Um abraço, Luís.