terça-feira, abril 22, 2008

Dia da Terra

O meu avô dizia-nos, a mim e ao meu irmão, que era da Terra que nasciam todas as coisas...
Gostava de encher as mãos daquela terra castanha dos campos e deixá-la cair, por entre os dedos.
Nós olhávamos um para o outro e depois imitávamos o avô, com um sorriso nos lábios, a ver a como a Terra nos escapava das mãos...
Fico muito feliz por saber e sentir, que os meus filhos amam a Terra, em toda a sua plenitude. Gostam de brincar, de se sujarem na Terra, de tentarem perceber a origem das pequenas coisas...
Esta bonita paisagem, "Pombeiro", é da autoria de Alfredo Keil.

8 comentários:

Maria P. disse...

Terra é Mãe em todos os sentidos...

Beijo Luís M.

Anónimo disse...

Caro Luis

A terra e a Terra, tudo num só!De facto a maior parte dos ditados dos nossos avós carregam a sabedoria simples transmitida de geração para geração.Por vezes interrogo-me, porque adoramos tantos deuses surdos, invisíveis, insensíveis, ausentes,fabricados pelo medo ancestral humano, quando a Terra deveria ser o "deus" a quem deveriamos respeitar, admirar, acarinhar e agradecer por tudo o que temos, afinal foi ela que nos gerou.....a pintura de A.Keil parece-me dar razão ao que penso...felizmente ainda podemos pensar...Obrigado
Vitor Pires

vague disse...

pois é. partilho essa ligação, a terra a escorrer por entre os dedos, o correr pelo campo fora. são as memórias da minha infância.

Luis Eme disse...

terra é mãe e pai, em simultâneo, M. Maria Maio.

Luis Eme disse...

é óptimo pensarmos, Vitor...

Luis Eme disse...

e esta? pensava que eras uma mulher da cidade, Vague...

vague disse...

nasci na cidade, vivi no campo, vivo na cidade. gosto de pensar que sou uma mulher feliz em qualquer lugar. assim seja:)

digamos q não sou nem da cidade nem do campo, estou somewhere between, num sítio q construi com a minha vida. privilegiada por entender e amar a terra, princípio e fim de todas as coisas, por ter apanhado uvas qdo o meu avô fazia a vindima, por 'ajudar' a minha avó a amassar a farinha para fazer aquele pão maravilhoso como nunca comi igual e nunca mais comerei.

sabes q mais? isto dava um post
:)

Luis Eme disse...

pois dava, força, Vague...