O meu avô dizia-nos, a mim e ao meu irmão, que era da Terra que nasciam todas as coisas...
Gostava de encher as mãos daquela terra castanha dos campos e deixá-la cair, por entre os dedos.
Nós olhávamos um para o outro e depois imitávamos o avô, com um sorriso nos lábios, a ver a como a Terra nos escapava das mãos...
Fico muito feliz por saber e sentir, que os meus filhos amam a Terra, em toda a sua plenitude. Gostam de brincar, de se sujarem na Terra, de tentarem perceber a origem das pequenas coisas...
Esta bonita paisagem, "Pombeiro", é da autoria de Alfredo Keil.
8 comentários:
Terra é Mãe em todos os sentidos...
Beijo Luís M.
Caro Luis
A terra e a Terra, tudo num só!De facto a maior parte dos ditados dos nossos avós carregam a sabedoria simples transmitida de geração para geração.Por vezes interrogo-me, porque adoramos tantos deuses surdos, invisíveis, insensíveis, ausentes,fabricados pelo medo ancestral humano, quando a Terra deveria ser o "deus" a quem deveriamos respeitar, admirar, acarinhar e agradecer por tudo o que temos, afinal foi ela que nos gerou.....a pintura de A.Keil parece-me dar razão ao que penso...felizmente ainda podemos pensar...Obrigado
Vitor Pires
pois é. partilho essa ligação, a terra a escorrer por entre os dedos, o correr pelo campo fora. são as memórias da minha infância.
terra é mãe e pai, em simultâneo, M. Maria Maio.
é óptimo pensarmos, Vitor...
e esta? pensava que eras uma mulher da cidade, Vague...
nasci na cidade, vivi no campo, vivo na cidade. gosto de pensar que sou uma mulher feliz em qualquer lugar. assim seja:)
digamos q não sou nem da cidade nem do campo, estou somewhere between, num sítio q construi com a minha vida. privilegiada por entender e amar a terra, princípio e fim de todas as coisas, por ter apanhado uvas qdo o meu avô fazia a vindima, por 'ajudar' a minha avó a amassar a farinha para fazer aquele pão maravilhoso como nunca comi igual e nunca mais comerei.
sabes q mais? isto dava um post
:)
pois dava, força, Vague...
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