Tinha escrito qualquer coisa sobre a pretensão que algumas pessoas têm, de ser apenas cidadãos do mundo, de se distanciarem dos lugares que pisaram com a frequência natural de quem não é filho de nenhum artista de circo.
Mas o papel escondeu-se debaixo de outros papeis (esses mesmo que rodeiam a minha existência...).
Tinha escrito qualquer coisa do género: só se fosse mentiroso, me dizia cidadão de Nova Iorque, Paris, Londres, Buenos Aires, etc.
Sou orgulhosamente cidadão das Caldas da Rainha e de Almada, é aqui que residem grande parte das minhas influências e confluências.
Lembro-me de pequeno, sem os conhecer bem, já gostar de Malhoa, Rafael ou Proença.
Isto não aconteceu por acaso...
18 comentários:
Nada acontece por acaso, ou melhor quase nada...
Beijo, Luís M.
os acasos que se encontram ou reencontram, e concluimos que nada sucede ao acaso...
beijinhos
A fidelidade às origens: isso é muito bonito!
Também eu tenho duas terras: Alpiarça (até aos 18 anos) e Torres Vedras, onde vivo há 38 anos.
São as nossas raízes...
Não foi o teu Alberto Caeiro que disse:
"O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa."
Não ha acasos...
AS raízes que nos marcam as passadas pela vida fora… o nosso elo de ligação ao meio envolvente e ao que vamos tentando ser.
BF
Méon, abraço de outro ribatejano(Santarém) e com raízes maternas em Torres Vedras,se perguntar pelo Dr.Sarreira ainda se devem lembrar do médico dedicado que foi o meu Avô,nascido na Ponte de Rol e que aí exerceu toda a vida.
talvez a vida seja feita de um conjunto de acasos, M. Maria Maio...
acasos, caminhos que se cruzam ou que se afastam, Gaivota...
sim, Meón, e é bom termos raizes...
o Alberto Caeiro, disse tanta coisa...
mas era um poeta...
não, Chris?
sim, são o nosso elo de ligação e às vezes, porto de abrigo, Papoila...
"acasos" geográficos, Fernando...
Engraçado... nós daqui tornámo-nos cidadãos das Caldas. De óbidos por zona de residência mas das Caldas por necessidade e conveniência e somos mais de lá que daqui. Verdade! E viemos de Almada, mais ou menos. Da Sobreda que é por ali...
Somos todos cidadãos do mundo mas o mundo é o que fazemos dele por nossa própria conta. Nesse sentido de nos sentirmos daqui ou dali porque de resto, se pudessemos fazer o mundo à nossa maneira...
Um abraço
a vida é feita de trocas e baldrocas, Maria Besuga, nem sempre explicáveis...
Caro Luís
Poderemos ser de todo o lado quando a nossa alma é grande e genuína..não aplaudo os vazios que se pretendem encher com o que parece bem...tal como o boi e a rã.....a rã explodiu de tanto inchaço...o humilde é grande com a sua humildade o pretencioso é patético...mas o ser humano é mesmo assim...a diversidade das gentes...eu sei de onde sou..trago nas mãos os calos da terra....a terra que ajeitei para me trazer a comida....a terra que se ajeitará para me receber....
um abraço
vitor Pires
e é tão bom sabermos de onde somos, de onde viemos, Vitor...
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