quarta-feira, junho 10, 2009

A Minha Estação: Caldas-Tejo

Tinha escrito qualquer coisa sobre a pretensão que algumas pessoas têm, de ser apenas cidadãos do mundo, de se distanciarem dos lugares que pisaram com a frequência natural de quem não é filho de nenhum artista de circo.

Mas o papel escondeu-se debaixo de outros papeis (esses mesmo que rodeiam a minha existência...).
Tinha escrito qualquer coisa do género: só se fosse mentiroso, me dizia cidadão de Nova Iorque, Paris, Londres, Buenos Aires, etc.
Sou orgulhosamente cidadão das Caldas da Rainha e de Almada, é aqui que residem grande parte das minhas influências e confluências.
Lembro-me de pequeno, sem os conhecer bem, já gostar de Malhoa, Rafael ou Proença.
Isto não aconteceu por acaso...

18 comentários:

Maria P. disse...

Nada acontece por acaso, ou melhor quase nada...

Beijo, Luís M.

gaivota disse...

os acasos que se encontram ou reencontram, e concluimos que nada sucede ao acaso...
beijinhos

Joaquim Moedas Duarte disse...

A fidelidade às origens: isso é muito bonito!

Também eu tenho duas terras: Alpiarça (até aos 18 anos) e Torres Vedras, onde vivo há 38 anos.

São as nossas raízes...

Laura disse...

Não foi o teu Alberto Caeiro que disse:

"O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa."

Chris disse...

Não ha acasos...

BF disse...

AS raízes que nos marcam as passadas pela vida fora… o nosso elo de ligação ao meio envolvente e ao que vamos tentando ser.

BF

Fernando Antolin disse...

Méon, abraço de outro ribatejano(Santarém) e com raízes maternas em Torres Vedras,se perguntar pelo Dr.Sarreira ainda se devem lembrar do médico dedicado que foi o meu Avô,nascido na Ponte de Rol e que aí exerceu toda a vida.

Luis Eme disse...

talvez a vida seja feita de um conjunto de acasos, M. Maria Maio...

Luis Eme disse...

acasos, caminhos que se cruzam ou que se afastam, Gaivota...

Luis Eme disse...

sim, Meón, e é bom termos raizes...

Luis Eme disse...

o Alberto Caeiro, disse tanta coisa...

mas era um poeta...

Luis Eme disse...

não, Chris?

Luis Eme disse...

sim, são o nosso elo de ligação e às vezes, porto de abrigo, Papoila...

Luis Eme disse...

"acasos" geográficos, Fernando...

mariabesuga disse...

Engraçado... nós daqui tornámo-nos cidadãos das Caldas. De óbidos por zona de residência mas das Caldas por necessidade e conveniência e somos mais de lá que daqui. Verdade! E viemos de Almada, mais ou menos. Da Sobreda que é por ali...
Somos todos cidadãos do mundo mas o mundo é o que fazemos dele por nossa própria conta. Nesse sentido de nos sentirmos daqui ou dali porque de resto, se pudessemos fazer o mundo à nossa maneira...
Um abraço

Luis Eme disse...

a vida é feita de trocas e baldrocas, Maria Besuga, nem sempre explicáveis...

Anónimo disse...

Caro Luís
Poderemos ser de todo o lado quando a nossa alma é grande e genuína..não aplaudo os vazios que se pretendem encher com o que parece bem...tal como o boi e a rã.....a rã explodiu de tanto inchaço...o humilde é grande com a sua humildade o pretencioso é patético...mas o ser humano é mesmo assim...a diversidade das gentes...eu sei de onde sou..trago nas mãos os calos da terra....a terra que ajeitei para me trazer a comida....a terra que se ajeitará para me receber....
um abraço
vitor Pires

Luis Eme disse...

e é tão bom sabermos de onde somos, de onde viemos, Vitor...