Falo quase sempre das minhas "memórias" campestres, esquecendo outros espaços únicos, como o Mar...
Quem nasce junto ao litoral desvaloriza muitas vezes a relação, quase umbilical, que tem com as águas movimentadas do Oceano e até com os mistérios que se escondem para lá da linha do horizonte.
Somos incapazes de vestir a pele de alguém que só viu a grandeza do mar, adulto. O que é perfeitamente natural...
Tudo isto, para dizer que a praia e o mar não são só contas de Verão, pelo menos na minha história...
Lembro-me de visitar a Foz do Arelho fora da época balnear e correr à beira mar, com o meu irmão, levando quase sempre com a maresia no rosto, que se aproximava da "chuva molha parvos".
Mas havia outros passatempos, como andar em busca de "tesouros" no meio do lixo transportado pelas marés.
Encontrava-se um pouco de tudo, pedaços de redes, boias de vidro, ripas de madeira, plásticos, garrafas, etc.
Estas últimas transportavam o mistério das mensagens enroladas, exploradas em tantos filmes, juvenis e não só (só encontrámos uma nestas buscas, escrita em inglês...). Mistério ao qual aderimos, mais que uma vez, enviando palavras que não recordo, para alguém que estivesse no outro lado do mar...
12 comentários:
Quem não andou pela praia, com os olhos de um verdadeiro caçador de tesuros?
Entrtanto, nem todas as mães eram tão liberais que nos deixassem levar a "tralha" toda para casa...
A maior parte dos meus achados ficava do lado de fora da porta...
Obg pela visita.
Tb eu gosto de passear pela Foz do Arelho fora da época balnear. :-)
Será que alguma dessas garrafas foi encontrada, do lado de lá do oceano, ou em qualquer outro sítio?
Mar da Foz, com ondas grandes, grandes, sempre a namorar a Lagoa... onde estive no último fim de semana, mais uma vez...
Pois, essa era a parte negativa dos nossos "achados", Sininho...
Infelizmente, não a visito tantas vezes como queria, Marta...
Esse é um daqueles mistérios, que nunca iremos desvendar, Maria...
Ainda tenho algumas conchas apanhadas na infância, em várias praias do Sul, guardadas, Luís.
São pequenos tesouros. Também atirei a minha garrafa para o mar. Lembro-me de ter escrito o meu nome, o lugar onde estava e mais qualquer patetice sobre a paz e o mar entre os povos.
As conchas... os búzios... pequenos tesouros que também encantam os nossos filhos, Alice.
As garrafas é que devem estar fora de moda...
Que giro... eu fui concebida, segundo consta (!) na Foz do Arelho. E acho que nunca lá fui.
Mas sinto o apelo do mar de uma forma muito forte e especial, apesar de o ver todos os dias. E faz-me muita falta, quando não o vejo.
Também tive a fase das garrafas e, na minha solitária adolescência (a do armário!), cheguei a escrever mensagens e a enfiá-las dentro de garrafas de coca-cola, às quais tirava cuidadosamente o rótulo, para que tivessem um ar mais respeitável!...
Gostei de te ler, mais uma vez, Luís.
Felicidades.
Devias lá ir, Tikka...
Até por sentires esse apelo tão forte.
Aproveitavas para olhar aquele Mar selvagem da Foz e descobrires a Lagoa de Óbidos que também tem a sua beleza especial.
No dia 9 fui até à Nazaré!
Já tinha saudades do mar...
Passeando pela areia ainda procuro "tesouros"!
Trago sempre para casa mais umas pedrinhas!
Felizes dos que não perdem o mar de vista...
Eu também... e claro, os meus filhotes...
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