Embora não fosse grande frequentador de cafés nas Caldas da Rainha, há um que têm algumas histórias para contar... e que descobri, na passada quinta-feira, que ainda esta aberto e, curiosamente, continua a pertencer ao senhor "Sovina". Esta nossa "alcunha" ficou para a história, porque o senhor era muito poupadinho (para não lhe chamar "forreta"...), até mesmo nos guardanapos de papel...
Nos anos oitenta este café era poiso certo de um grupo de amigas especiais, a Fátima, a Anabela, a Paula e a Anita. Passámos bons momentos naquele espaço sossegado e calmo (chegávamos a ser quase os únicos clientes) próximo da Praça da República, a caminho do Parque D. Carlos I.
Passaram-se mais de vinte anos, as nossas vidas deram voltas e voltas, ao ponto de quase termos perdido o rasto. Há filhos, maridos, esposas... e também outras cidades, Alcobaça, Lisboa, Almada, etc.
O mais curioso é que nunca tinha reparado que o café se chamava "Pastelaria Conde" e que era uma "peça" de museu, de 1895...
A única amiga ainda contactável é a Paula, que também reside na Margem Sul. Mas nem mesmo esta proximidade faz com que troquemos umas palavras, mesmo só por telefone ou telemóvel.
Gostamos de dizer que a vida é uma coisa muito complicada. Mas não seremos nós que a complicamos?
11 comentários:
Pois é, Pastelaria Conde, onde há muitos anos se comiam umas belas trouxas de ovos...
E um bocadinho mais abaixo, do mesmo lado desta pastelaria, mesmo na curva para "o cesteiro", uma outra, de que não me lembro o nome, mas que tinha uns bolos chamados "arrelias" que era uma verdadeira arrelia não os comer...
Obrigada, Luís, por mais esta memória.
Há duas semanas, passei por aí, fui um bocadinho mais abaixo, mas do lado esquerdo, comprar cavacas. Também não sei o nome da pastelaria, apesar de lá ir sempre quando vou às Caldas.
Beijinho
Claro que somos nós ogrande problema, Luís! ;) Comigo acontece o mesmo... :(, de qualquer maneira, há as boas lembranças para recordarmos.
bjs
Há lá coisa mais irritante do que gente sovina?
Essa dos guardanapos...
Também há os que, à revelia das vistas do cliente, fazem uns "aproveitamentos" de prato para prato...
ehehehe...isto dos blogues! Sabes que, por diversas razões, conheço as pessoas. Não sabia esse apelido, mas caracterizava-as por "miudinhas", acho que vai dar ao mesmo.
Ai, a má-língua. Olha, venha alguém e faça-me o mesmo! :(
E os contactos que se perdem...não sei bem explicar a razão para isso.
Encontrei há pouco tempo um colega que tinha sido da mesma turma no antigo 3ºano (agora 7º), (sim só nesse ano passámos a ter turmas mistas. E mesmo assim eram 20 e tal raparigas para 4 ou 5 rapazes. E isto porque se dava a coincidência de termos todos escolhido o curso comercial), foi engraçado o encontro, mas é inevitável sentir que já passou tanta vida entre nós.
É uma rua cheia de cafés, lojas de loiça e memórias, Maria...
Se calhar foste ao "Gato Preto" Ana...
Não há outra hipótese, Cris...
Salvam-se as recordações...
Por falar em cavacas, Zé do Carmo Francisco, lembrei-me que uns primos de Salir de Matos fabricaram durante anos cavacas. Eu o meu irmão e outros primos, rapávamos a loiça cheia de açucar sólido...
Lembrei-me dos guardanapos mas havia mais coisas, Sininho...
O senhor deve estar igual, as pessoas não mudam muito...
Provavelmente conheças mesmo o senhor "sovina", MC.
Nem é má língua, é apenas mais uma recordação. Acho que foi a Fátima que o "baptizou"... e assim ficou, para a história.
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