Sophia de Mello Breyner Andresen é a minha poetisa de eleição.
É por isso que neste dia, em que começa a Primavera e se comemora o Dia Mundial da Poesia, ofereço-vos um poema, que escrevi, em homenagem a esta grande senhora.
Sophia,
O mar azul e branco
torna-se mais expansivo,
e tocante,
depois de sentir
a luminosidade,
o perfume
e o encanto
das tuas palavras...
O mar azul e branco
torna-se mais expansivo,
e tocante,
depois de sentir
a luminosidade,
o perfume
e o encanto
das tuas palavras...
21 comentários:
Que poema lindo lhe dedicaste...
O mar, sempre, de que ela tanto gostava...
Ofereço te este..
As pedras
As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.
Debaixo dos nossos pés
ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?
As pedras cantam nos lagos
choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.
Riem nos muros ao sol,
no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.
Brilham quando a chuva cai.
Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.
Foi de duas pedras duras
que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.
As pedras falam? pois falam.
Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.
(Maria Alberta Menéres)
bjos
O mar... que também te é tão querido, Maria, e com que a homenageaste no teu "Cheiro da Ilha".
Obrigado pelo bonito poema "Velas"...
É verdade, todas as coisa têm algo para nos dizer, até uma simples pedra...
E falando de pedras..a "Inscrição":
"Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar".
Uma grande Senhora.
A Sophia foi uma mulher admirável... e é uma poetisa única, Sininho.
Gosto profundamente da poesia de Sophia, mas a par dela tenho duas mulheres que conheci e privei que irão em breve serem alvos de histórias minhas que são a Luisa Neto Jorge e a Natália Correia.
Infelizmente com a Sophia não tive o prazer de privar, pois ver o lado humano e quotidiano dos poetas torna tudo tão diferente!
Bjs e obrigada pela visita
TD
Beijo
sophia, a sua poesia e o omnipresente mar....
Fico à espera das tuas histórias sobre a Luiza e a Natália, Teresa...
Moura ao Luar, aparece sempre...
É mesmo Vladimir, Sophia é poesia, é mar...
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
Uma mão cheia de Liberdade na imensidão do Mar, pela mão de Sofhia.
Para o Luis
Agradeço-te Franky,
esta nossa "Liberdade"... numa praia cada vez mais de sonhos...
Hoje uma descobri-te aqui.Gostei.
Um beijo.
Já sei Maria. Ainda bem que gostaste...
Ai, Lu'is, nem imaginas onde estou... longe do pais do carnaval (sem acentos nem diacriticos), longe da civilizacao, numa terra inospita, so betao, gente correndo, sem cozinha decente, chamada New York... Nao me invejes, eu eh q te invejo, dava tudo para estar nas Caldas, ou em Almada, Cacilhas, whatelse a ver o rio, a ver a vida passando num ritmo do tamanho do ser humano. beijinho, escrevo qdo puder.
Em tempo, escolhi este post justamente pq " a luminosidade, o perfume e o encanto das tuas palavras" me deram alguma alegria... :) Beijinhos de uma luso-brasileira in the wrong side of the North hemisphere.
Beijinhos para ti, Ida, nesse "mundo" de avenidas e prédios que arranham o céu.
No sabado descobri o MoMA. All of a sudden... foi a experiencia mais fascinante ( e surtante!) do fim de semana. tanta arte moderna europeia, deslocada para esta terra inospita, chega a ser indecente... mas ai, desde ontem, conheci Boston e Harvard University e consegui reformular, ainda q em parte, a minha opiniao sobre este povo... HU eh deslumbrante... tenho de fazer um post (ou varios) sobre esta experiencia... Houve de tudo, do choque cultural extremo ao deslumbramento cultural... ainda nao sei aquilo em que me transformarei qdo isto passar. felizmente, ainda tenho os amigos certos de alguns raros e seguros blogs... e isto conta. Beijinhos, meu querio guardador das margens do Tejo
Acho óptimo que nos fales dessa experiência novaiorquina, do inesperado MOMA e de tantas outras coisas que te deslumbraram do lugar que muitos chamam, ou chamaram "novo mundo", Ida.
Beijinhos e flores desta sempre linda Primavera, para ti.
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