Hoje vou falar do meu avô, Manuel Joaquim, um excelente contador de histórias e homem de grande sabedoria em relação a todas as coisas da natureza.
O que não ele aprendeu nos livros que não leu (por nunca lhe terem ensinado praticamente nada do mundo das letras e das palavras escritas), numa altura em o normal nas aldeias era as crianças não colocarem os pés na escola (ajudar a família nos campos era muito mais "importante"...), aprendeu com as muitas vozes da sabedoria, que escutou aqui e ali, guardando histórias e saberes milenares dos campos, sobre a magia da natureza.
Histórias que nos contava com mestria, deixando-nos presos às suas palavras, sentados nas escadas de cimento que davam acesso à casa de fora.
(fotografia de Artur Pastor)