quarta-feira, setembro 11, 2019

Roteiro Caldense (para a Elvira...)


Se eu não conhecesse as Caldas, não ia gostar mais da cidade, ia sim, gostar de maneira diferente.

Começava o meu passeio pelo Parque (que fica logo à entrada da cidade...) e deliciava-me com todo aquele verde (nem sequer tinha tempo para reparar que a relva esta mais gasta e descuidada aqui e ali, ou na falta de flores...), com aquelas estátuas que rodeiam o bonito Museu José Malhoa. 

E tinha de entrar no museu e descobrir aquelas belas telas (algumas enormes...), assim como as esculturas (também as de arte sacra com Jesus...). Até me sentava num banco e ficava por ali, à procura de um pormenor, a respirar arte...

Depois passava pelo lago, dizia olá aos cisnes e subia para o centro da cidade.  E descobria a Praça da Fruta (uma das únicas ao ar livre...), passeava no meio das pessoas, reparava no ar simpático dos vendedores, quase todos com alguma idade, nas cores das suas frutas e legumes (e também nos preços... são melhores e mais baratas que os dos centros comerciais).

Se quisesse almoçar, não seria difícil encontrar um lugar simpático, com a comida tradicional da estremadura...

E se gostasse mesmo de arte, podia (e devia) passar pelo agradável Museu da Cerâmica (instalado num belo palacete que tem um jardim simpático...) e depois continuar o circuito pelos espaços do Centro das Artes, mesmo ali ao lado, onde "reinam" alguns dos nossos melhores escultores. Começava pelo Barata-Feio, depois seguia para o Espaço da Concas, o Museu Leopoldo de Almeida e por fim, pela Casa-Atelier António Duarte (o meu preferido...)

Sei que o dia já vai longo, mas se ainda existisse um tempinho, podia passar pelo mar da Foz do Arelho, para ouvir a sua "voz" e a "dança das suas ondas".

Já de regresso (se viesse e fosse para Sul...), podia terminar o dia, na sempre bela e turística Vila de Óbidos (que agora também quer ser a "rainha dos livros"...)

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)