Não é apenas a paixão por Rafael Bordalo Pinheiro, que torna a Isabel uma pessoa especial. Muito menos o facto de ser livreira, pelo menos no sentido comum da profissão.
O que a torna especial é o amor que tem às coisas da cultura, que tanto pode ser uma taça de louça artística, um desenho ou um livro.
A paixão pelos livros faz com que a sua livraria, cujo nome é tão vulgar ("107", imaginem só...), seja já um quase "ex-libris" das Caldas, por ser tão conhecida, pelo menos nos meios literários de Norte a Sul.
Sem a Isabel não existiam os "Cafés Literários", não havia a possibilidade de se escutarem as palavras sábias de tanto escritor, nem a possibilidade de se coleccionar os seus autógrafos (sim, que os livros são um objecto especial, com múltiplas funções, além da leitura...).
Por tudo isto (e por tantas outras coisas), obrigado Isabel, por teres escolhido as Caldas, para lhe dares "banhos" de cultura!