
Quando vinha com o meu filho e uma amiga, da escola, não pude deixar de sorrir, enquanto ouvia os reparos que faziam em relação aos "marrões" da turma, que segundo eles, tinham mesmo a mania que eram os "maiores", ao ponto de "meterem nojo" (a expressão é deles)...
Lá voltei às recordações de infância, aos meus tempos de escola e também a uma das últimas viagens de comboio que fiz na Linha do Oeste, na companhia de um antigo companheiro de escola do meu irmão.
Ele passou parte da viagem a contar histórias, algumas que sabia e outras que desconhecia, sem nunca esconder a admiração que sentia pelo Vitor...
Percebi mais uma vez a razão de ser tão protegido pelos amigos do meu irmão nos recreios da escola, que me levavam dois anos de avanço. Eles podiam ser muita coisa, mas não eram ingratos...
O meu irmão além de ser um dos melhores alunos da turma, era de uma generosidade pouco usual nos chamados "marrões" (nunca lhe devem ter chamado isso, até porque não era...), além de fazer o seu teste, ajudava sempre os companheiros que estavam dificuldade e que lhe lançavam "SOS's", de mil e uma maneira...
Felizmente ele não mudou muito, com o decorrer dos anos, continua a ser um caso sério de generosidade...
A fotografia é de Robert Doisneau, "E as Horas Nunca Mais Passam"...