quarta-feira, junho 01, 2011

Dias de Criança


Olho para trás e sinto-me um privilegiado.

Ao contrário dos meus pais e avós, fui criança em toda a sua plenitude.

A minha infância teve muita diversão e descoberta, além duma vivência cheia de variedades.

Vivia na cidade, passava temporadas no campo, na casa dos meus avós, fazia praia no mar do Oeste (acho que o iodo era o grande culpado...).

Tinha menos brinquedos que os meus filhos mas era muito mais livre (e porque não feliz?). As ruas eram minhas e dos meus amigos, assim como os campos...

O óleo é de Le Longyao.

10 comentários:

Rosa dos Ventos disse...

A minha infância foi cheia de primos e primas, tios e tias, férias na aldeia serrana dos avós maternos, descobertas pelos campos,corridas de bicicleta, vir a casa só para comer e dormir!
Já na terra onde vivia a liberdade não era tanta mas havia a lareira da avó paterna, as suas histórias de bruxas e lobisomens, os meus tios mais novos ainda solteiros misturados com os sobrinhos...
Os amigos lá da rua, as brincadeiras depois da escola...
Uma infância maravilhosa!
Como sempre uma bela imagem!

gaivota disse...

é verdade, muito menos brinquedos, mas a rua, a praça da fruta, o parque, era tuddo nosso! eu e os meus irmãos fazíamos de tudo... até a voz da mãe chegar à janela e chamar para almoço...
bons tempos em que todos os dias eram "dia da criança!
beijinhos

Isabel Castanheira disse...

Um abraço amigo pelo comentário nas Horas Extraordinárias.
Bj
Isabel Castanheira

Lóri disse...

É verdade, Luis, muito menos brinquedos e supérfluos, muito menos vontades satisfeitas... também não ousávamos expressar muitas delas, mas certamente, adultos mais conscientes e crianças muito felizes. Coisas de que me lembro até hoje, rir até cair sentada na calçada, andar de tênis de pano na chuva e fazer chochoc quando pisava ou corria com a agua dentro deles, cair magoar os joelhos ou o braço e ouvir dos amigos "passa cuspe (saliva) que passa!"... Enfim, acho que nada disso faz mt sentido para as nossas crianças tão tecnologicas em tudo, dos brinquedos aos curativos.

Luis Eme disse...

a infância é sempre uma coisa mais maravilhosa, Rosa, mas a nossa foi mais livre.

Luis Eme disse...

os minutos do nosso tempo deviam ter mais de 60 segundos, Gaivota.

e também havia muito menos carros e mais lentos...

Luis Eme disse...

Isabel, é apenas uma questão de justiça, a quem gosta do que faz e é incapaz de "vender gato por lebre".

Luis Eme disse...

eram realidades diferentes, Lóri.

o nosso mundo era outro, distante do dos meus filhotes, que estão longe de ser mais felizes...

Maria disse...

Agora é tudo tão diferente, Luís... até aqui na nossa cidade.

Beijinho.

Luis Eme disse...

sim, o mundo mudou, Maria.