Dias de Criança
Olho para trás e sinto-me um privilegiado.
Ao contrário dos meus pais e avós, fui criança em toda a sua plenitude.
A minha infância teve muita diversão e descoberta, além duma vivência cheia de variedades.
Vivia na cidade, passava temporadas no campo, na casa dos meus avós, fazia praia no mar do Oeste (acho que o iodo era o grande culpado...).
Tinha menos brinquedos que os meus filhos mas era muito mais livre (e porque não feliz?). As ruas eram minhas e dos meus amigos, assim como os campos...
O óleo é de Le Longyao.
10 comentários:
A minha infância foi cheia de primos e primas, tios e tias, férias na aldeia serrana dos avós maternos, descobertas pelos campos,corridas de bicicleta, vir a casa só para comer e dormir!
Já na terra onde vivia a liberdade não era tanta mas havia a lareira da avó paterna, as suas histórias de bruxas e lobisomens, os meus tios mais novos ainda solteiros misturados com os sobrinhos...
Os amigos lá da rua, as brincadeiras depois da escola...
Uma infância maravilhosa!
Como sempre uma bela imagem!
é verdade, muito menos brinquedos, mas a rua, a praça da fruta, o parque, era tuddo nosso! eu e os meus irmãos fazíamos de tudo... até a voz da mãe chegar à janela e chamar para almoço...
bons tempos em que todos os dias eram "dia da criança!
beijinhos
Um abraço amigo pelo comentário nas Horas Extraordinárias.
Bj
Isabel Castanheira
É verdade, Luis, muito menos brinquedos e supérfluos, muito menos vontades satisfeitas... também não ousávamos expressar muitas delas, mas certamente, adultos mais conscientes e crianças muito felizes. Coisas de que me lembro até hoje, rir até cair sentada na calçada, andar de tênis de pano na chuva e fazer chochoc quando pisava ou corria com a agua dentro deles, cair magoar os joelhos ou o braço e ouvir dos amigos "passa cuspe (saliva) que passa!"... Enfim, acho que nada disso faz mt sentido para as nossas crianças tão tecnologicas em tudo, dos brinquedos aos curativos.
a infância é sempre uma coisa mais maravilhosa, Rosa, mas a nossa foi mais livre.
os minutos do nosso tempo deviam ter mais de 60 segundos, Gaivota.
e também havia muito menos carros e mais lentos...
Isabel, é apenas uma questão de justiça, a quem gosta do que faz e é incapaz de "vender gato por lebre".
eram realidades diferentes, Lóri.
o nosso mundo era outro, distante do dos meus filhotes, que estão longe de ser mais felizes...
Agora é tudo tão diferente, Luís... até aqui na nossa cidade.
Beijinho.
sim, o mundo mudou, Maria.
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