Às vezes entramos dentro da história dos outros sem querer.
Eram duas mulheres que sorriam ao recordarem que na infância a mãe adorava vesti-las de igual.
Também foi assim comigo e com o meu irmão. Aliás, com uma boa parte dos irmãos da minha geração e anteriores.
A nossa roupa era feita por uma modista (a prima Ermelinda...), que nos viu crescer ao centímetro Lembro-me que a mãe também era uma boa cliente de uma senhora do Bairro da Ponte, que nos fazia as camisolas de malha...
As mesmas camisolinhas e casaquinhos que as duas mulheres recordavam, sem deixar de sorrir...
Felizmente não olharam para mim, não me apanharam a sorrir com a cumplicidade possível.
O óleo é de Jenifer Li.
4 comentários:
Os manos vestidos de igual. Um must ;)
podes crer, Cristina. :)
Caro Luis
As roupas que me vestiram, já tinham vestido outros e para mim eram sempre novas....felizmente a bata da escola tapava os remendos e todos estariamos iguais no exterior....as marcas e ostentações eram apenas no material escolar que cada um usava...os tempos mudaram..a roupa rasgada, no meu tempo era vergonha, hoje é moda, as calças largas no meu tempo era vergonha, hoje é moda...felizmente que algumas coisas mudam, mas a mente humana continua igual na sua atitude discriminatória.
Vitor Pires
e agora parece que está tudo a voltar para trás, Vitor...
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