Sei que ela lê o que escrevo por aqui, provavelmente por ser espaçado. Quase que basta passar por aqui uma ou duas vezes por mês para ler as minhas "viagens pelo Oeste" (cada vez mais curtas)...
Mesmo assim estranhei a sua observação: «só as pessoas da cidade é que encontram poesia nos campos.»
Limitei-me a sorrir, até por saber que havia alguma verdade nas suas palavras.
Mas apenas alguma. Acredito cada vez mais que a "poesia" não é de ninguém, mas sim de toda a gente.
Lembrei-me do meu avô materno, homem praticamente sem instrução e que foi maior parte da sua vida agricultor a tempo inteiro. Apesar dos tempos difíceis que viveu (como boa parte dos portugueses nos anos trinta e quarenta do século passado, bem piores que os de hoje...), senti que não só encontrava "poesia" nos campos, como gostava de de todo aquele ciclo de vidas, ditado pela natureza.
Foi pena não ter estado mais atento aos seus ensinamentos, à maneira simples como nos tentava fazer gostar dos campos...
1 comentário:
Sou neta de proprietários/ agricultores dum lado e do outro...
Herdei deles o gosto pela terra, pela natureza e tenho pena de ter algumas propriedades longe de casa...
Não dá para as ter bem cuidadas!
Abraço
Enviar um comentário