«Que pobreza, ruas apenas com números...»
Já estávamos num outro século, mas acabei por sorrir, porque aquela frase me levou à infância, ao Bairro dos Arneiros, onde só faltou nascer (fui nascer à casa-maternidade da avó, em Salir de Matos...) e vivi toda a minha infância.
Pois foi, a minha rua era a número 26, embora fosse mais conhecida pela "rua do meio". E não veio nenhum mal ao mundo por as ruas do bairro serem numeradas. Provavelmente o bairro nasceu na clandestinidade, depois os serviços camarários das Caldas deviam ter outras preocupações que andar a distribuir nomes de pessoas e lugares pelas ruas.
Nos nossos dias é a Rua do Compromisso. Claro que gosto mais que as ruas tenham nomes de pessoas ou de acontecimentos ou costumes com história, mas como a vida também se faz com números...
(Fotografia de Ferreira da Cunha)
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