Quando cheguei ao Campo da Mata, ficou a "reinar" a incerteza, por perceber que os bilhetes estavam esgotados. Embora tivesse vindo de Almada para ver o Caldas, o grande clube da minha primeira Cidade, com o meu irmão, sabia que não era um drama do "fim do mundo" não ver o jogo (felizmente foi resolvido graças à amizade como escrevi no meu "Largo")...
Vi entrar a "claque caldense", bastante animada, e que felizmente faz do futebol uma festa, contrariando os péssimos exemplos a que assistimos nos nossos grandes jogos...
Acabei por encontrar o adepto caldense mais bem vestido (que desconhecia mas deve ser conhecido por todos os Caldenses que gostam de futebol...), a quem pedi para lhe tirar uma foto, que ele acedeu com toda a naturalidade...
E depois foi a festa do futebol, como devem ser todos os jogos, especialmente os da Taça de Portugal. Foi o reviver das emoções dentro de um estádio, sentir o pulsar das multidões (esta felizmente mais festiva que "cega")...
A bola ao centro, que sucedeu o "momento mágico" do jogo, o golo da vitória dos Caldenses de Pedro Emanuel. Uma vitória suada mas merecida, por uma equipa jovem, mas de grande qualidade, que conseguiu contrariar a "matreirice" e a "experiência" do adversário, o Farense, outro histórico do nosso futebol...
E depois do apito final do árbitro, foi a festa. Fora do relvado de uma assistência eufórica. Dentro do relvado de um grupo unido, que trata muito bem a bola. Apesar do campo estar pesado, devido à chuva, tentavam jogar a bola sempre no relvado, com um sentido colectivo muito forte, sem "malabarismos"...
Grande Caldas! Grandes jogadores! Grande treinador! E agora é "sonhar". E porque não, chegar à final?
(Fotografias de Luís Eme)
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