terça-feira, maio 12, 2020

A "Rua 26" e as Chuvas de Maio...


Quando chove, custa menos ficar em casa.

Já lá vai o tempo que nos divertíamos a pisar poças de água (até a minha já está suficientemente crescida, para não me obrigar a esconder o sorriso... quando não resistia à tentação de passar por dentro de um "pequeno lago" de água).

Embora eu na minha meninice, além de meter o "pé na poça", também adorasse ficar na janela da sala da velha casa da "rua 26" (pois é, as ruas do bairro da minha infância eram numeradas, queriam lá saber de pessoas...), a a ver a chuva a cair e as pessoas a passarem, a fazerem uma ginástica enorme para fugir das poças de lama, num tempo em que o alcatrão ainda não chegara ao bairro, nos finais dos anos sessenta do século passado...

Ainda continuo a gostar de olhar para a janela, embora na minha rua (quase escondida), passem muito menos pessoas que na "rua do meio" (sim, além dos carteiros, ninguém lhe chamava "rua 26"...).

Nota: Escrevi este texto no meu "Casario", quando estava à janela da minha casa a ver a chuva a cair... Depois lembrei-me que esta era uma "memória" (provavelmente repetitiva...) da minha infância, vivida no Bairro dos Arneiros, e que fazia mais sentido ser publicada nas quase esquecidas "Viagens pelo Oeste"....

(Óleo de Denis Ichitovkin)

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