A diferença de dois anos nunca foi grande, os amigos do meu irmão foram os meus.
Embora tenha dificuldade em fazer divisões geracionais, somos, sem qualquer dúvida, da mesma geração.
Quando começo a procurar a geração anterior à nossa, acho que recuo demais no tempo. Vou buscar o Henrique e os seus amigos (que deviam ter mais dez anos que eu, pelo menos, pois o Henrique ainda foi obrigado a cumprir o serviço militar em Timor, no começo da década de setenta do século passado). Por ele ser irmão do Fernando, o nosso grande amigo de infância, olhávamos para a sua "tribo" com bastante admiração e condescendência, até por serem quase loucos... especialmente o Rui "taranta" e o Joaquim "bronquite".
Embora fosse pequenote, lembro-me de os espreitar na praia a rondar as miúdas e também de os ver sairem de casa com camisas floridas, sem se preocuparem com os velhos "machos" que achavam que aquilo era coisa de maricas. Só não fazia ideia era que eles estavam a sofrer influencias dos movimentos "hippies" e do Maio de 68...
Apesar da ditadura, parece que o "mundo" não estava assim tão longe.
O óleo é de Mike Briscoe.
4 comentários:
Eu sou dessa geração... dos que cumpriram serviço militar!
Foi a geração de sessenta!
Foram uns anos (ditadura àparte) lindos!
Anos sessenta e setenta. Confesso. Alinhei com o Rui e o Quim, imensas vezes. Na motorizada do Quim, e com o Rui, conheci a maior parte das festas populares da zona oeste. Quantas aventuras! Quantos sustos! Quantos momentos inesqueciveis. Obrigado por me recordar dois amigos.
Estou fora das Caldas, agradecia que me informassem por onde andam esses meninos.
Grato
sim, de descobertas, MFC. :)
olá, "anónimo", não lhe sei informar sobre o paradeiro do Quim e do Rui, para pena minha.
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