Com toda esta publicidade ao "bairro vermelho" de Viseu, lembrei-me que nunca conheci nenhum bordel nas Caldas da Rainha. Pode ter sido por distracção, mas penso que não.
Isso aconteceu sobretudo por ter crescido já em liberdade, a alguma distância da geração (aliás, gerações...) de homens que cultivavam a visita a bordeis, como símbolo de virilidade (e até iniciação sexual...) e das mulheres que preservavam a "virtude" quase até ao casamento.
Já tinha vinte e alguns anos quando alguém me apontou um prédio antigo na Praça da Fruta e me disse que durante bastante tempo existiu ali uma "casa de tolerãncia".
Nunca soube da existência de outra, ou outras, que com toda a certeza funcionaram na "Cidade Clandestina"...
O óleo é de Dimitry Lisichenko.
9 comentários:
Rua General Queirós,frente ao nº 27.
A chamada, na época, 'casa de meninas'. Corria a década de 1960...
Beijinho, Luís.
não fazia a mais pequena ideia, Maria. :)
também nessa década tinha nascido eu.
Caro Luis
Interessante...como se toca nestes assuntos e fazem eco em todas as direcções...os padrões da sociedade...tudo o que toca em sexo faz tremer os edificios....Cresci num mundo em que a mulher que se pintava muito, se vestia de cores garridas, que pintava o cabelo, era sinal de prostituta.....e olhava para elas com diferentes olhos....olhos de tolerância e admiração...era preciso terem muita coragem para enfrentarem o mundo pequeno....e sorriam....graças com malícia....eram mais mulheres que muitas outras......davam ilusões a quem recebia infernos.
um abraço
Vitor Pires
Houve-as (hoje menos) em toda a parte.
Se investigares descobres!
A tela é lindíssima.
Um abraço.
meu pai era das Caldas da Rainha... mas nunca ousaria fazer-lhe semelhante pergunta, no entanto quando era miúda, perto da casa da minha avó e do Hospital Miguel Bombarda, na rua Cruz da Carreira , havia uma dessas casas, mas ninguém abordava esses assuntos, falava-se a meia voz e mais nada ...
muito me contas, Maria. :)
ainda hoje é complicado, Vitor.
claro, MFC. :)
eram outros tempos, Greentea.
embora hoje as coisas continuem quase clandestinas...
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