No começo de Agosto, talvez no seu primeiro fim de semana, decorria a Festa de Salir de Matos, igual a tantas outras que enchem de alegria as aldeias portuguesas.
Acho que todos os meus tios foram festeiros, ou seja os "operários para todo o serviço" da festa pagã, que nunca se desligou da paróquia (penso que era o padre que guardava os seus lucros, embora não tenha a certeza absoluta).
De um ano para o outro (acho que já neste milénio, embora o tempo voe...) deixou de se realizar, sem que fossem dadas muitas explicações, para lá das dificuldades financeiras em realizar os festejos, com muitos anos (sempre me lembro da sua realização...) de história.
Infelizmente nunca mais foi reactivada. Este ano durante um jantar familiar soube de mais um pormenor, que concorreu para algumas discordâncias entre os organizadores, a existência de uma pipa de vinho, que podia ser consumida à discrição, por todos os contribuintes da festa.
Algumas pessoas não só achavam que a "pipa" causava descrédito como era um "rastilho" para algumas discussões, provocadas por quem tinha "mau vinho".
Com pipa ou sem pipa, eu limito-me a lamentar que tenham colocado fim esta Tradição, sem grandes explicações, como é hábito acontecer no nosso país, de tantas "mortes solteiras"...
O óleo é de Alphonse Roman.
1 comentário:
É lamentável que se acabem com as tradições , que fazem parte da história de uma terra e de um Povo !
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