O 15 de Agosto sempre foi um dia grande nas Caldas da Rainha.
Vinha gente de todo o lado, enchiam os restaurantes, as pensões, e claro, as casas de familiares. Era normal recebermos a visita de algum tio paterno, que ficava pelo menos uma noite, com a sala a transformar-se em quarto de hóspedes.
Não sei quando começou a perder importância... talvez fossem as mudanças de lugar (constantes até se fixarem no lugar actual) ou o peso do tempo. No meu imaginário, nunca existiram feiras com as realizadas na Mata da Rainha. Mas nesses tempos era pequenote e tudo o que me rodeava parecia enorme...
Ou talvez fosse a sua dificuldade em se modernizar. Embora uma feira ambulante, com estas características populares, não consiga funcionar de forma muito diferente.
Havia ainda a tourada, que o meu avô fazia questão de assistir (e de me levar algumas vezes), que felizmente permanece viva...
Infelizmente a Cidade perdeu muita da sua importância comercial e termal, por erros políticos cometidos e pela situação económica do país. E isso acaba por afectar o turismo e tudo o que o rodeia...
O óleo é de Ernest Procter.
2 comentários:
[ pois é...
às vezes em nossas lembranças
vazia, a cidade fica intransitável]
beijo
A nossa memória também tem a capacidade de alindar aquilo que talvez não fosse tão belo...mas era-o então!
Abraço
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