terça-feira, agosto 06, 2019

As Saudades do Microclima do Oeste...

Quando li a crónica na "Sábado" de Ângela Marques (de 26 de Julho, que transcrevo uma parte), não pude deixar de sorrir e de sentir saudades do fresquinho das noites de Julho e de Agosto no meu "Oeste", quase sempre a pedir mais qualquer coisa que uma simples camisa no corpo.

«Habituámo-nos – bolas, até fizemos disso piada. Este ano, quando meti a sexta a caminho do Oeste com a mala do carro cheia porque quem sai aos seus não degenera, virei-me para a minha mãe e disse-lhe: esta terra não existe. É que enquanto o resto do País se queixava que este ano o verão anda tímido, no Oeste o sol brilhava. A minha mãe disse o que sempre disse para nos defender do medo das alterações climáticas: "É o microclima, filha".»

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, julho 12, 2019

Uma Primeira Etapa, que Começou no Oeste...

O dia estava mais cinzento que hoje. 

Pois estava, o Sol nem sequer estava com grande disposição para brincar ao esconde esconde, como tem feito desde manhã.

O meu saco estava ligeiramente pesado (roupa para cinco dias mais saco cama...), mas mesmo assim fiz o percurso habitual. Caminhei na direcção da Praça da Fruta, por que era preciso visitar o turismo, para colocar os primeiros carimbos nas "credenciais de peregrino". Como não podia deixar de ser, ainda fiz uma "visita de médico" pelo Parque.

E depois almocei com a mãe. A tia também apareceu e depois foram as despedidas, porque era tempo de me fazer à estrada...

O Vitor, o Nuno e o Alfredo tinha partido logo de manhã, de bicicleta. Não fazia ideia onde nos poderíamos encontrar. Fiz a primeira paragem em S. Martinho do Porto e a segunda no Sítio da Nazaré (para beber café e para a segunda série de carimbos...).

Ainda parei mais quatro vezes nas praias de Paredes de Vitória, São Pedro de Moel, Praia da Vieira e Pedrogão. E foi na quinta paragem que nos encontrámos, ocasionalmente, na Lagoa da Ervideira, ainda a alguns quilómetros do final da primeira etapa (Figueira da Foz) da Peregrinação entre as Caldas da Rainha e Santiago de Compostela.

quarta-feira, maio 15, 2019

Dia da Cidade


Como ainda continuo a fazer algumas "viagens" pelo Oeste, não devo ignorar que 15 de Maio é  o dia da cidade onde só me faltou nascer.

Cidade que consegue essa coisa boa de ser muito mais bonita que os seus habitantes...

(Fotografia de Luís Eme) 

domingo, maio 05, 2019

Homenagem à Resistência e Liberdade em Peniche

Hoje fui almoçar com a minha mãe e o meu irmão às Caldas.


Mas antes passei pelo antigo Forte de Peniche, transformado (muito bem...) em Museu Nacional da Resistência e Liberdade.

E lá estavam os 2510 nomes dos prisioneiros, que passaram por este presídio político de 1934 a 1974 (e lá estava o nome do meu avô...).

(Fotografias de Luís Eme)

quarta-feira, maio 01, 2019

O Meu Primeiro de Maio...



O Meu Primeiro de Maio

Sozinho, sempre sozinho,
mesmo quando vou a teu lado.

De ti que constróis o rumor das cidades
e no campo, semeias, lavras,
e pisas
o sabor do vinho.

Sozinho, sempre sozinho.
Aqui vou a teu lado
eu, o poeta, operário de palavras
- as palavras «sonho», «bandeira», «esperança», «liberdade» -
instrumentos de pureza irreal
que tornam a Realidade
ainda mais real
e transformam os bairros de lata
em futuras cidades de cristal
num planeta de paisagens de prata
onde as bocas das flores, das manhãs, dos vulcões,
da brancura do linho
e das foices de gume doirado
cantarão um dia connosco a Internacional
- que eu continuarei a cantar sozinho,
sempre sozinho,
a teu lado.

José Gomes Ferreira

(Fotografia de autor desconhecido)

quinta-feira, abril 25, 2019

Uma Homenagem Especial...


A minha homenagem ao meu Avô paterno (e a todos os Resistentes Antifascistas), que é um dos 2510 prisioneiros, que fazem parte do Memorial, que será inaugurado hoje, no Forte de Peniche.

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, março 16, 2019

O 16 para espantar o 25...

Esta é a "teoria" do meu amigo Carlos, Capitão de Abril.

Uma teoria que foi ganhando alguma consistência com alguns testemunhos de quem esteve com um pé dentro e outro fora da "intentona"...

Inclusive o próprio Otelo...

Sim o 16 foi organizado para espantar o 25. Mas teve o efeito contrário, acelerou todo o processo da libertação de um país, que estava cada vez mais estranho, e só esperou mais um mês e alguns dias para dar vivas à Liberdade.

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Tinha Saudades do Parque...


Passei pelas Caldas hoje.

E como de costume, passei pelo Parque.

Sim, tinha saudades...

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, janeiro 10, 2019

Começar o 2019 com a Rainha...


Começo o ano por aqui, com a homenagem à Rainha D. Leonor, que recebe quem chega à Estação Ferroviária das Caldas da Rainha, através do belo conjunto de azulejos históricos (algo comum a grande parte das nossas estações...), agora que se volta a falar da "modernização " da Linha do Oeste...

Sei que está longe de ser um tema-novidade. Normalmente aparece quando se aproximam eleições. E depois da sua realização, volta para o "saco roto das promessas"...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, dezembro 08, 2018

O Rumo das "Viagens"...


O rumo das "Viagens", ainda que ligeiramente incerto, continua a ser o Oeste, pelo menos de alguma actualidade, e claro, memórias...

(Fotografia de Luís Eme)

quinta-feira, novembro 15, 2018

Sporting Clube das Caldas faz História


Li no site de "A Bola" que o Sporting Clube das Caldas confirmou o apuramento para os 16 avos de final da Challenge Cup de voleibol, ao vencer os suíços do Chênois no ‘golden set’, juntando-se ao Benfica, Sporting e Fonte Bastardo no quadro principal da prova. 

O seu próximo adversário é o Dynamo Apeldoorn da Holanda.

É um grande feito desportivo de um dos clubes desportivos mais emblemáticos das Caldas.

(Fotografia retirada do Site de "A Bola")

sábado, novembro 10, 2018

Henrique, Poeta e "Velocista" do Oeste...


Acabei de ler há poucos dias o livro de contos curtos, "A Festa dos Caçadores", de Henrique Manuel Bento Fialho. São mais de cem histórias, quase todas do quotidiano, dele e nosso, onde nos vão surgindo, página a página, "pessoas", "cromos", "acontecimentos", "citações", "teorias", "desabafos"... Quase sempre coisas que tropeçam em nós diariamente e que por falta de talento ou de vontade, não as transformamos em literatura, da boa, como aconteceu com o Henrique. 

Estive indeciso, se havia ou não de escrever, sobre este livro, que é a continuação de outro, com menos páginas ("Call  Center"), porque estou longe de ser crítico literário. Apenas posso dizer se gosto ou não, sem entrar muito na "desmontagem" das suas histórias, quase sempre bem escritas e imaginadas.

Mas há algo que quero referir. Ainda bem que o Henrique prefere ser, além de poeta, um "velocista" neste mundo das literaturas. Sim, ele começa e acaba as histórias mais depressa que o tempo que o diabo demora a esfregar um olho, e ainda bem. Agarra o momento, escrevendo apenas o necessário (já a minha avó dizia que "a palha é para a burra"...), o que interessa e cabe em cada uma das suas histórias deliciosas. E não esconde nenhuma palavra, mesmo as que alguns "puristas" acham de "mau gosto". 

Porque a vida é isso mesmo, uma "casa" cheia de cenas de gosto duvidoso...

quinta-feira, novembro 08, 2018

Privatizar ou Não o "Céu de Vidro"...


A Visabeira, que irá construir um hotel nos antigos Pavilhões do Parque, quer "apropriar-se" também da área onde funcionou a memorável Casa da Cultura (destruída pelo poder "social democrata" caldense...), e claro do luminoso, "Céu de Vidro", que faz a ligação directa entre o Largo do Hospital Termal e o Parque das Caldas.

Não tem sido pacífica esta passagem e discute-se aqui e ali, se o "Céu de Vidro", deve ser ou não privatizado.

Claro que não acho que deva ser privatizado, porque isso significará perder esta passagem... Tal como não há almoços grátis, também deixava de existir esta passagem, livre e agradável para todos...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, outubro 27, 2018

A Democracia nas Caldas está, no Mínimo, Constipada...


Na entrevista dada à "Gazeta das Caldas" (edição de 19 de Outubro) pelo líder local do PS, Luís Patacho, registei as palavras que mereceram a chamada para a capa. Ele diz:

«Em Ciência Política, quando uma força política está mais de 20 anos consecutivos a gerir, seja um país, seja uma câmara municipal, seja uma região autónoma, já não se considera tecnicamente uma Democracia. Chama-se a isso um regime híbrido. Porquê? Porque o próprio sistema não é capaz de se regenerar, de criar alternância e portanto a Democracia estará como um doente.
É o que acontece nas Caldas. Quantos mais anos está o mesmo partido no governo, mais difícil é para a oposição chegar lá.»

Obviamente, concordo com as palavras de Luís Patacho. E diria, que a Democracia, está no mínimo constipada nas Caldas (uma constipação a caminho da gripe...).

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, outubro 12, 2018

Gostei de Ver o Ferreira da Silva em Almada...


Gostei de ver o nosso Ferreira da Silva, um dos grandes artistas plásticos das Caldas da Rainha, representado na exposição, "A Luta Continua - 140 anos de Ilustração Portuguesa".


A exposição está patente na Casa da Cerca de Almada até 6 de Janeiro e tem Jorge Silva como curador.

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, outubro 06, 2018

Mesmo não Sendo Caso Único...


Mesmo não sendo caso único, pois existem várias lojas que vendem a chamada "loiça malandra", é a única que não tem medo de quase usar um dos nomes que celebrizou as Caldas da Rainha... 

Sim, os dois pontos são o equivalente a um "piiiii" na televisão.

(Fotografia de Luís Eme)

sexta-feira, setembro 28, 2018

A Maresia da Foz do Arelho...

Alguns amigos de Almada foram até ao Oeste numa excursão organizada pela Incrível Almadense e pelo CIMO, com passagens pelas Caldas, Foz do Arelho e Óbidos.

A grande surpresa para uma boa parte deles foi o  "nevoeiro com frio" que descobriram na Foz do Arelho.

Alguns fartos deste Verão infindável, agradeceram aquela frescura atlântica, aqueles borrifos que vêm do mar e chamamos maresia... Outros nem por isso, até disseram que poderiam ter avisado, para levarem casaco...

Eu só lhes pude dizer, que se há coisa de que tenho saudades do Oeste, é do seu microclima, das temperaturas amenas e até da maresia, do céu cinzento que gosta de brincar às escondidas com o Sol e de aquele Mar único, mexido e com som, da Foz do Arelho.

(Fotografia de Luís Eme)

terça-feira, setembro 11, 2018

A Poesia com Memória...


Embora nem tenha grandes pretensões a chamar-lhe poesia, acabei por aproveitar uma notícia absurda da Nova Zelândia (uma aldeia que quer por fim aos gatos...) e recordar a minha avó, que nos seus últimos anos de vida, desistiu de ter gatos, graças ao seu espírito libertário e também suicida (além de a deixarem sozinha lá por casa, acabavam por ficar sempre debaixo de algum carro...).
Também quis recordar e homenagear a Gena, que adorava gatos e é a autora da fotografia...

uma notícia, duas memórias…

Quando li a notícia sobre a aldeia neozelandesa
Que quer proibir os gatos domésticos
Pensei em ti avó (e na Gena…).

Sei que ias ser contra
Apesar de não gostares
«de toda aquela liberdade»
Porque saiam de casa e deixavam-te sozinha

Talvez tenhas percebido, demasiado tarde,
que os gatos são donos de si próprios,
e não tanto nossos animais de estimação.

Eu não te disse,
Mas o que eu mais adorava, e adoro, nos gatos
Era, e é, esta forma de vida, livre e espontânea…

Palavras de Luís [Alves] Milheiro

Fotografia de Gena Souza

(este poema e esta fotografia fazem parte da 3.ª Exposição de Poesia Ilustrada da SCALA, patente na sede /galeria da SCALA, em Almada)

quarta-feira, agosto 22, 2018

Olha os Comboios! Olha a Linha do Oeste!


De repente toda a gente descobriu que existem linhas de ferro sem manutenção, comboios velhos e estações abandonadas de Norte a Sul.

Parece que a "rainha da demagogia" até apanhou hoje o comboio nas Caldas, até Coimbra B. 

Será que ela se lembra de que partido era o anterior presidente da CP, Manuel Queiró, que tão bons serviços prestou a esta instituição (tal como todos os seus administradores nos últimos 30 anos...)?

Como o nosso Rafael deve ter sorrido, quando a "comitiva" invadiu a estação e espantou as moscas...

(Fotografia de Luís Eme)